Ricardo Costa: »Não saímos daqui campeões, mas fortalecidos»

Com uma vitória por 32-36 (15-19 ao intervalo) na casa do adversário que, esta temporada, lhe havia causado mais problemas no Campeonato Placard quando sofrera em Alvalade para bater o FC Porto por 30-29 à 4.ª jornada, Ricardo Costa era, naturalmente, um técnico satisfeito com a sua equipa por ter mantido a liderança imbatível e também por os seus pupilos não terem cometido qualquer falha técnica na 1.ª parte.

«Ganhar no Dragão é sempre muito complicado. Julgo que fizemos uma excelente primeira parte, marcada por zero falhas técnicas, que é algo inédito para nós. Em termos ofensivos, fomos quase perfeitos e a defender fomos competentes quase o jogo todo.»

«Quando o FC Porto avançou a defesa, tínhamos a ideia de aumentar o marcador e estivemos a ganhar por sete. Mas o FC Porto não desistiu e foi em busca de poder recuperar. Acho que fizemos um belo jogo e deixo uma palavra aos adeptos que nos vieram apoiar.»

«Foi uma vitória muito importante para continuarmos invencíveis e prepararmos os próximos encontros, mas não é decisiva para as contas do campeonato. Não saímos daqui campeões, mas fortalecidos, com certeza.»

«A equipa foi madura, tivemos muito poucas falhas para o contra-ataque do FC Porto. Marcámos 36 golos, fizemos um jogo completo. O FC Porto fez, na minha opinião, um grande jogo. As três equipas fizeram um grande jogo e merecem os parabéns.»

«Deixo também um abraço ao Diogo Rêma [Guarda-redes do FC Porto], que teve uma lesão que parece grave, mas esperemos que não seja», concluiu.

Já o técnico do FC Porto Magnus Andersson, perdeu pela segunda ocasião na época, e contra o mesmo adversário, mas aceitou que os lisboetas atuaram a outro nível até metade da 2.º parte, quando tentou o impossível.

«Sabemos o que temos de fazer para termos a oportunidade de vencer adversários deste nível e faltou alguma qualidade, mas não deixámos de lutar até ao fim. O Sporting é uma grande equipa, mas a diferença não é enorme e não vamos desistir.»

«Além dos problemas que já tínhamos ao nível das lesões, com a ausência de jogadores importantes, perder o Rêma neste jogo foi um choque. O vermelho ao Daymaro [Salina] foi também duro, mas não podemos chorar. A ambição esteve sempre lá. Gostamos de jogar assim, um jogo duro, mas limpo, sempre com ambição. Sabemos que só desta forma temos hipótese de vencer este Sporting.»

«Ainda não falei com o médico sobre o Rêma, não me quero pronunciar, mas só vê-lo no chão duas vezes já quer dizer alguma coisa.»