Quem sai primeiro, Gyokeres ou Carreras?
«O Sporting está muito tranquilo em relação a Gyokeres, não precisa de o vender. Já passámos a fase em que tínhamos de vender os nossos melhores ativos». Num dia de mais de 40 graus, foi refrescante voltar a ouvir o presidente do Sporting, Frederico Varandas, a defender o clube, este domingo. Mais um dia em que não foi confirmada a saída de Viktor Gyokeres, ainda que tenha deixado a porta aberta.
Já me despedi do sueco várias vezes aqui, e é incrível que, para um jogador que está ‘vendido’ desde a época passada, cheguemos ao início de julho e ele ainda seja jogador do Sporting.
Mais: isto está de tal maneira complicado que cheguei a achar que o lateral Álvaro Carreras, que não é o melhor marcador da Europa nem campeão nacional, e fez um Mundial de Clubes, vamos dizer, discreto, ia sair do Benfica antes dele. Da Luz continuam a sair declarações estranhas, como se lá só se estivesse à espera das propostas não havendo outro remédio que não os jogadores saírem. Foi até preciso desmentir alegadas declarações do presidente ao jornal Marca, em que se sugeria «o Real Madrid que faça uma proposta».
Fica então que já tinha dito antes: «Não chegámos a acordo com o Real Madrid. Depois logo se verá o que acontece com todo o mercado. Houve propostas que não foram do nosso agrado. Nem para o Álvaro nem para qualquer jogador». Seria interessante ouvir, nem que fosse apenas uma vez, «não precisamos de vender», ou «o jogador X é nosso e tudo faremos para o segurar».
Importa voltar a Varandas e ao lúcido soundbyte com que terminou: «O Viktor ficando, não será um problema para nós, será um problema para os adversários.»
PS: Voltando ao Mundial de Clubes: o café está caro, pelo que realmente não é assim que tenho visto jogos, mas afinal o que chega, através de fina curadoria da imprensa e redes sociais, são momentos únicos no cruzamento de clubes que raramente se encontram: a festa dos adeptos – e jogadores – sul africanos do Mamelodi Sundowns que, como disse o treinador Miguel Cardoso, estava nos EUA a «cumprir sonhos». A sincronia da gigante claque do Urawa Red Diamonds do Japão, a lançar uma onda vermelha nos estádios por onde passou. O Boca Juniors praticamente a jogar em casa, tal era a ‘hinchada’ presente.