Presidente do Milan: «O novo estádio será o mais belo da Europa»
Paolo Scaroni, presidente do Milan, abordou o projeto do novo estádio em Milão, considerando-o fundamental para o futuro do clube e da cidade.
Numa entrevista ao programa «10 minuti», da Rete 4, o dirigente sublinhou a necessidade de uma nova casa para os clubes milaneses. «Ter um novo estádio é fundamental porque Milão tem o direito de ter um recinto ao nível das outras grandes capitais do futebol europeu. Milão precisa, o Milan precisa, o Inter precisa. Queremos oferecer a quem vem ver os jogos um espetáculo ao nível, ou talvez até melhor, do que desfrutam os adeptos do Bayern de Munique ou do PSG», afirmou.
Scaroni mostrou-se orgulhoso do projeto, apesar da longa espera: «Tenho trabalhado nisto há seis anos, mas finalmente chegámos lá. As coisas boas levam tempo, e esta é uma oportunidade tão bela que Milão poderá ter o estádio mais bonito da Europa».
Questionado sobre a investigação por alegada manipulação de concurso público, o presidente do Milan desvalorizou as preocupações, defendendo que não houve concurso e, por isso, não pode ter havido manipulação. «Sinceramente, creio que é um último golpe dos opositores deste projeto», defendeu.
Scaroni destacou a capacidade da proprietária do clube, a RedBird, para levar a cabo o projeto. «A RedBird, que se dedica a investimentos em infraestruturas desportivas, deixa-nos particularmente bem preparados para fazer algo belo e sólido. Faremos um investimento de mais de mil milhões de euros sem pedir um cêntimo ao erário público, será tudo capital privado dos nossos fundos americanos», explicou.
O novo estádio será construído ao lado do atual San Siro, que continuará a ser utilizado até 2030. O novo recinto tem de estar operacional antes de 2032, uma vez que a UEFA declarou o Meazza «inadequado para competições internacionais a partir dessa data».
O dirigente foi claro sobre a opção de não remodelar o estádio atual: «Infelizmente, não era viável, por duas razões. A primeira é que uma renovação não nos permitiria construir o estádio mais belo da Europa, que é o nosso objetivo. A segunda é que é impossível renovar um estádio que acolhe duas equipas, com jogos a cada três dias para 50 a 70 mil espectadores, sem ter outro recinto próximo para onde nos mudarmos temporariamente. E perto de Milão não há estádios com essa capacidade».
Os planos vão além do recinto desportivo. Na área hoje ocupada pelo Meazza, serão construídos um hotel, um pequeno centro comercial e serão instaladas as sedes do Milan e do Inter, bem como os museus das duas equipas, criando uma zona desportiva. O objetivo é transformar a área de San Siro, que Scaroni descreve como «uma terra desolada», num local vivo todos os dias, com restaurantes e pontos de entretenimento.
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