No meio de várias acusações, Andrew Tate perdeu no regresso aos ringues

O polémico Andrew Tate voltou aos ringues no último sábado para lutar com Chase DeMoor e perdeu para a estrela de reality-shows norte-americana, por decisão dos juízes.

A luta ocorreu no Dubai e marcou o regresso de Tate aos ringues, enquanto é alvo de 21 acusações criminais, juntamente com o irmão Tristan, no Reino Unido, incluindo violação, agressão, tráfico de seres humanos e controlo da prostituição. Os dois irmãos já estiveram em prisão domiciliária na Roménia, após sofrerem acusações semelhantes, mas saíram em liberdade no último ano.

Andrew e Tristan alegaram sempre inocência de todas as acusações. Mas foi no meio do escândalo que o costuma seguir que Andrew voltou aos ringues. O inglês, hoje com 39 anos, teve uma carreira com mais 80 combates no kickboxing e ganhou quatro títulos mundiais, mas desde 2016 que não luta com regularidade.

Tate também ganhou proeminência pela visão que não esconde sobre as mulheres. Autodefine-se como um «misógino» e «sexista». «Sou realista e, quando se é realista, é-se sexista. Não há como estar enraizado na realidade e não ser sexista», disse numa entrevista, citado pela BBC.

YouTube, Facebook, Instagram e TikTok já impediram Andrew Tate de ter contas nas respetivas plataformas, mas não o X (antigo Twitter), onde o inglês tem 11 milhões de seguidores.

O combate deste sábado no Dubai levou a pedidos ao primeiro-ministro inglês Keir Starmer para prender Andrew Tate e extraditá-lo para o Reino Unido, de modo a responder às acusações de que é alvo.

«O governo do Reino Unido tem uma oportunidade de ouro neste fim de semana para prender Andrew Tate no Dubai e finalmente levá-lo a julgamento no Reino Unido, mas temos visto repetidamente que os ministros trabalhistas, apesar de todo o seu discurso duro sobre o combate à violência sexual contra as mulheres, relutam em fazer o que é necessário para garantir justiça às mulheres», disse Matt Jury, advogado de quatro mulheres que acusam Tate de violação.