«Pesava 94 quilos, adorava sair à noite, tivemos de deixá-lo ir»: a saída de Ronaldo do Real

Fabio Capello, na sua segunda passagem pelo Real Madrid em 2006 (já treinara os merengues em 1996/1997), enfrentou o desafio de gerir o final da era galática.

O treinador italiano, contratado por Ramón Calderón após três anos sem títulos, deparou-se com um plantel que incluía Ronaldo Nazário, numa altura em que o clube acabara de contratar Ruud van Nistelrooy ao Manchester United.

Em declarações recentes a partir de Itália, Capello partilhou memórias sobre a complexa situação com o avançado brasileiro, não poupando elogios ao seu talento, mas também críticas ao seu comportamento.

«O Ronaldo é o melhor jogador que alguma vez treinei, mas era alguém que adorava sair para festas todas as noites, era uma loucura. Pesava 94 quilos e não queria perder peso», recordou o treinador, citado pelo jornal AS.

A falta de disciplina do Fenómeno levou Capello a tomar uma decisão drástica: «A certa altura, disse ao presidente que tínhamos de o deixar sair, que não havia esperança de progredir. E assim fizemos. Mas, repito, foi o melhor que treinei.»

Ronaldo acabou por deixar o Real Madrid no mercado de inverno dessa temporada, rumando ao Milan. O brasileiro tinha perdido espaço nas escolhas de Capello, que apostava em Van Nistelrooy.

Curiosamente, apesar de o Real Madrid ter conquistado o título da LaLiga nessa época, Calderón optou por dispensar Fabio Capello no final da temporada. Assim, um ano depois do início daquela campanha, nem o treinador italiano nem Ronaldo continuavam no clube madrileno.

Siga o perfil de A BOLA no Google