Penálti por marcar: a análise de Pedro Henriques ao Chaves-Benfica
Na Taça de Portugal, de acordo com o regulamento das competições, só há VAR a partir dos oitavos de final, o que significa que no jogo entre Chaves e Benfica não havia videoárbitro. Para as equipas, que nas respetivas competições sempre com esta ferramenta, não deixa de ser estranho e pode ser problemático, sobretudo nos foras de jogo e nos lances de área para penálti. David Silva, da AF Porto, foi o árbitro da partida
29' João Rego, por trás e em tackle, rasteira e derruba de forma negligente Ktatau. Cartão amarelo bem mostrado ao médio.
41' Ricardo Alves foi corretamente advertido por infringir com persistência as leis de jogo; na ocasião rasteirou Lukebakio.
52' Aursnes picou a bola e Kiko Pereira, com o braço levantado e a mão ao nível da cabeça, posição não natural, intercetou-a com a mão esquerda à entrada da área. Livre direto por assinalar e cartão amarelo por mostrar.
55' Não houve infração para penálti no lance na área flaviense entre Tiago Simões e Lukebakio — o jogador do Chaves limitou-se a cortar a bola pela linha de baliza quando esticou a perna esquerda e intercetou o esférico com o pé.
57' Ficou um pontapé de penálti por assinalar a favor dos encarnados num lance entre Kiko Pereira e António Silva. O jogador flaviense chegou tarde e não só não tocou no esférico como, com pé direito, pisou e rasteirou o pé e tornozelo esquerdo do central encarnado. Sem a presença do VAR, que só entra em ação a partir dos oitavos de final, não houve qualquer hipótese de corrigir esta decisão incorreta por parte do árbitro.
58' Sem motivo para penálti. Após o remate de pé esquerdo de Uros Milovanovic, a bola foi intercetada pelo ombro direito de Samuel Dahl. Para lá de ser zona onde não é punível, o lateral sueco encarnado tinha o braço encostado e ao longo do corpo.
68' Cartão amarelo bem mostrado a Bruno Rodrigues, por entrada por trás a varrer as pernas de Lukebakio. Entrada negligente à saída do meio campo bem punida disciplinarmente.
71' Cartão amarelo a Enzo Barrenechea por rasteirar, com o pé esquerdo bem projetado à frente em tackle, David Kusso. Mais uma entrada enquadrada na negligência, que foi corretamente sancionada disciplinarmente pelo árbitro.
90' Foram dados apenas dois minutos de tempo extra, recuperação do tempo perdido, que foi muito pouco. No segundo tempo, houve cinco paragens para substituições, dois cartões amarelos e um golo. O tempo correto seria cinco minutos.