Patrícia acaba 2025 a liderar em ambos os sexos
Se, em maio, já depois de ter sido campeã da Europa em Podgorica (Montenegro), Patrícia Sampaio havia ficado surpreendida quando estava em casa e a amiga e colega de Seleção Maria Siderot (-52 kg) a informou que passara a ser a líder do ranking mundial de -78 kg, no último domingo, após ter chegado à final do Grand Slam de Tóquio, a medalha de bronze no Jogos de Paris-2024, já sabia que iria recuperar esse estatuto.
E assim foi. Esta segunda-feira, na atualização dos rankings, a federação internacional recolocou Patrícia, de 26 anos, no topo da lista onde, na verdade, apenas ficou de fora por pouco mais de uma semana. Depois de, no Grand Slam de Abu Dhabi, onde não competiu para sagrar-se hexacampeã nacional, ter sido ultrapassada pela alemã Anna Olek (6310 pts), que ganhou o torneio mas agora não foi ao Japão.
No entanto, este recuperar de liderança do ranking, apesar da prata na última etapa do Circuito Mundial de 2025 – há um ano havia sido bronze -, trouxe outra particularidade. Patrícia termina a temporada não só como n.º 1 dos -78 kg, mas igualmente como o judoca de todas as 14 categorias, sete de cada sexo, com mais pontos: 6480. Atrás de si nas senhoras surge a kosovar dos -52 kg Distria Krasniqui (6260 pts) e nos homens o russo dos +100 kg Inal Tasoev (6250).
E isto apesar de Sampaio ter feito uma pausa no Circuito para férias entre finais de julho, quando venceu o Grand Slam de Ulan Bator e agora. Antes da ida à Mongólia, ainda conquistou o bronze no Mundial de Budapeste.
Note-se que a olímpica do Gualdim Pais não falha um pódio internacional ao mais alto nível desde os Jogos de Paris-2024. São oito competições consecutivas, incluindo os campeonatos da Europa e do Mundo. Incrível!
Antes de Patrícia Sampaio, que se manterá como líder até fevereiro quando o Circuito de 2026 arrancar, os únicos portugueses que tinham chegado a n,º 1 do ranking haviam sido Telma Monteiro (-52 kg e -57 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg), igualmente em mais do que uma ocasião.