Técnico do Benfica explicou as ausências de Trubin e António Silva, garantindo a presença de ambos no onze inicial frente aos turcos, na quarta-feira

«Olhámos para a equipa do ano passado e percebemos o que faltava»: tudo o que disse Bruno Lage

Técnico do Benfica explicou gestão frente ao Tondela, elogiou Ivo Vieira e não esqueceu jovem da formação

-Além de análise que fará ao jogo e que estará assente numa base coletiva. Deixe-me replicar uma pergunta feita por milhares de benfiquistas: Como não Amar Dedic?

Uma palavra para os nosso adeptos que foram fantásticos, foram muito importantes. Depois dar os parabéns ao Ivo [Vieira] pela forma como preparou o jogo. Foi um jogo taticamente muito bom, ele sabia que tínhamos jogado na quarta-feira, tem noção do que é regressar fazer uma viagem para a Turquia e regressar apenas na quinta-feira à noite e ter a sexta para preparar o jogo e jogar 72 horas depois. Obrigou-nos a correr muito, tentaram chamar-nos na pressão para construir curto e depois procurar a construção na profundidade. Mas a equipa teve um comportamento muito bom, fomos muito fortes num bloco quer muito alto para ganhar de imediato a bola, quer num bloco mais baixo. Depois tivemos a capacidade e inteligencia de criar três golos muito bonitos. Mais importante é valorizar o que fizemos em termos coletivos, quer aqueles que iniciaram quer aqueles que entraram. O objetivo do jogo era vencer e garantir os tês pontos. Deixa-nos muito satisfeitos termos olhado para a equipa do ano passado e termos percebido muito bem o que nos faltava, em função de lesões, saídas em final de contrato, jogadores emprestados, e termos escolhido bem os jogadores para sermos uma equipa mais forte. Olhámos para as posições onde sentimos que podiamos crescer e é nesse sentido que estamos a fazer o mercado. Estou muito satisfeito com toda a gente, uns vão jogando mais, vão conhecendo melhor, tem outra capacidade de se relacionar mais com os colegas. De forma geral estou satisfeito com os que cá estavam e com os que chegaram e com a forma como se integraram na equipa.

-O ano passado o Benfica jogava num 4x3x3 com três médios, mas neste início de época tem apostado no 4x4x2. É a chegada de Ivanovic que faz com que assuma a dupla de pontas de lança, ou se é o facto de ter um meio-campo mais musculado com Ríos e Barrenechea?

É olharmos a cada momento e sentirmos os jogadores que temos à nossa disposição. Hoje tive uma conversa muito interessante com os dois avançados, porque eles têm que fazer um trabalho fantástico, quer a defender, quer a atacar, e têm de se conhecer muito bem para poderem combinar, para ligar e acabaram de fazer um jogo muito bom os dois. O mais importante é que a cada momento tenhamos a capacidade de perceber qual é a melhor estratégia e qual é o melhor onze. Garantidamente não vamos jogar sempre em 4x4x2, nem vão jogar sempre os dois juntos, mas hoje foi mais um bom momento para se conhecerem.

-Trocou Trubin por Samuel Soares para este jogo. A decisão é conjentural ou é estrutural e vai apostar?

Vejo o Samuel Soares como vejo qualquer outro jogador, tem um nível muito alto, estamos a dar continuidade ao trabalho iniciado na época passada. Uma coisa para mim é clara, o Trubin vai jogar com o Fenerbahçe, o Samuel joga quando tiver que jogar, temos muita confiança nos guarda-redes que temos.

-Sempre que o Samuel Soares, internacional sub-21, joga parece dar garantias. É possivel manter este jovem com tanto potencial tanto tempo como o n.º 2 na hierarquia?

No tempo que cá estou [desde setembro de 2024], senti uma grande evolução no Samuel. Por exemplo o Aktur jogou a semana passada, hoje jogou o Andreas [Schjelderup], sempre sentir que o intervalo de jogo é apertado o Samuel pode jogar. Contribuiu com grandes exibições sempre que jogou e dá plenas garantias em todo o momento, quer ofensivo quer defensivo.

O que achou da prestação de Obrador e quais são os seus planos para ele?

Fiquei contente com a estreia, acredito que não seja fácil sair de uma equipa da segunda divisão espanhola [Deportivo] e ter a estreia que teve. Hoje o grande objetivo- a gestão física da equipa- foi conseguido. Tínhamos a perspectiva que seria mais difícil os jogadores que não têm ritmo de jogo, suportar os 90 minutos, do que propriamente aqueles que têm mais tempo de jogo. Com o intervalo entre jogos e a viagem [da Turquia] entendemos que este era o momento certo e temos plantel para fazê-lo. À medida que sentimos que tínhamos que alterar para manter a equipa viva no jogo fomos fazendo substituições. O Obrador já tinha jogado perto de 80 minutos na equipa B, hoje jogou cerca de 60, teve um nivel bom, estamos em agosto e esperamos muito mais de toda a gente.

-O Benfica rubricou uma primeira parte de grande nível e uma segunda com menos qualidade. O desafio passa por ter a mesma qualidade ao longo dos 90 minutos?

Antecipámos isto quando escolhemos o onze. Aproveitamos todos os momentos de tempo para treinar aqueles que não têm ritmo de jogo. Temos de ter cuidado para não chegar ao jogo com jogadores cansados. Alguns jogadores estão a fazer a pré-época, temos de ter essa consciência. Temos objetivos muito claro no mês de agosto, conquistámos um troféu. Temos uma Liga dos Campeões para garantir na quarta-feira e temos o campeonato que é a nossa prioridade. O mais importante foi vencer. Marcámos três golos e não sofremos nenhum

Uma das grandes novidades foi o Tomás Araújo. A aposta é para manter?

Todos os jogadores têm capacidade para jogar, depende da capacidade de cada um. Posso já adiantar que o Trubin e o António Silva jogam de início contra o Fenerbahçe.

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-O Kerem Akturkoglu estava visivelmente chateado no final do jogo. Era apenas frustração por não ter conseguido marcar ou foi algo mais?

-Não sei dizer, fui cumprimentar os árbitros e o Ivo [Vieira], dei-lhe os parabéns pela exibição, fui para os balneários, dirigi-me ao grupo e vim preparar a flash interview e a conferência.

-Como é que tem sido feita a gestão do meio-campo, na medida em que Barrenechea e Richard Ríos têm sido dos jogadores mais utilizados e João Veloso soma um minuto oficial?

-O Ríos vem de uma época inteira e hoje notou-se físico, foi o que durou mais tempo. O Enzo temos prolongado. Nos primeiros jogos fez 60 minutos, depois 70 e hoje praticamente jogou o tempo todo. a gestão da equipa tem que ser feita a cada método. O Veloso ficou fora da convocatória, mas que fique bem claro que que é um um miúdo com um enorme talento. Não está esquecido. Nós temos um plano para todos os jogadores e acredito muito no Veloso. Por isso é que lhe dei a oportunidade de ele fazer os dois jogos de pré-época a titular. Sabia que ia ficar e pertencer ao nosso plantel. Está a trabalhar para conseguir voltar a contribuir para a equipa.