Maxi Araújo em ação no Sporting com o Estoril na Amoreira - Foto: MIGUEL NUNES

Luis Suárez foi matador, mas Araújo é que foi... Maxi (as notas do Sporting)

Leão com marca sul-americana: avançado colombiano marcou à primeira e já está no lote dos melhores marcadores da Liga. De primeira foi o uruguaio, que também de primeira assistiu colega no lance decisivo
O melhor em campo: Maxi Araújo (7)
Logo no início do jogo mostrava ao que ia, ensaiava uma subida habilidosa em drible pela esquerda, o seu lado, o mesmo em que aos 12' avançou até à área adversária para cruzar de primeira e assistir Luis Suárez no 1-0: sem deixar a bola cair, levantou a cabeça e de pé esquerdo ofereceu de bandeja o golo ao matador colombiano, com quem dividiu o papel de destaque na equipa do Sporting. O internacional uruguaio, porém, foi mais consistente durante mais tempo, 90 minutos em que nunca baixou os braços. Aos 72', feito intruso, insistiu e ganhou um canto, nos últimos 10 minutos esforçou-se em terreno mais defensivo e nunca deu hipóteses aos estorilistas para encontrarem alguma nesga de terreno pelo seu lado. Mostrou que mesmos na linha de quatro não há dúvidas de quem é o dono da esquerda.

Rui Silva (6) — Posto à prova pela primeira vez aos 15', teve dificuldades para parar o remate forte de Holsgrove mas evitou o empate em bola que ia traiçoeira. 20 minutos depois evitou golo de canto direto a Patrick de Paulo e aos 41' o grande momento, quando estava fora dos postes e próximo de Debast, que não o viu e ao se aperceber que a bola que lhe ia dar estava difícil, acabou por tentar sair a jogar e perdê-la para Marqués, que se isolou e só não marcou porque o guarda-redes cresceu com o braço levantado e defendeu para canto. Na segunda parte, nada para a amostra.

Vagiannidis (5) — Sem trabalhos defensivos para enfrentar, dadas as poucas aventuras estorilistas, cumpriu sem sobressaltos até aos 73' quando cedeu o lugar a Fresneda.

Debast (5) — Quando pega na bola na primeira fase de construção há sempre a possibilidade de a teleguiar para o avançado mais bem colocado, fê-lo diversas vezes na primeira parte. Aos 21' arriscou subir e cruzar e se Suárez não tem chegado um nadinha atrasado teria dado o 2-0. Atrapalhação aos 41' acabou por manchar exibição que só não ficou ferida de morte porque foi salva por Rui Silva.

Gonçalo Inácio (6) — Na primeira parte delegou a saída a Debast, se segunda assumiu o papel de ator principal na construção. Um jogo com tranquilidade.

Hjulmand (6) — Teve fôlego durante 30 minutos na primeira parte e outros tantos na segunda, faltou-lhe no entanto mais acerto na definição, embora estive ao seu nível antes, na altura de ganhar o lance e pôr ordem na casa. Aos 12' virou o jogo com conta, peso e medida para encontrar Maxi na esquerda na assistência para Suárez, fundamental no lance que decidiu a partida.

Morita (6) — Foi o grande protagonista da primeira oportunidade de golo do jogo, aos 8 minutos, respondendo de pé direito ao canto da direita de Pedro Gonçalves mas a bola saiu ao lado. Esteve bem no controlo dos tempos no meio-campo, veio de lesão há pouco e saiu ao intervalo para estar bem para Nápoles.

Quenda (5) — Energia para dar e vender, lança a vertigem no ataque mas por vezes quer ser tão rápido e fazer tanto que acaba por ver as iniciativas perderem-se nessa vontade. Grande cruzamento (31') mas Pote atirou por cima.

Trincão (5) — Procurou fazer a diferença pela classe mas desta vez não encontrou o espaço. Tentou como sempre mas a definição não foi a melhor.

Pedro Gonçalves (5) — O golo provavelmente seria anulado por fora de jogo mas aos 31', com Suárez por perto e a atrapalharem-se um ao outro, atirou por cima bola que recebeu de Quenda da direita bem dentro da pequena área. Aos 68' atirou por cima.

Luis Suárez (7) — Algumas vezes perdulário, desta vez um golo ao primeiro remate, foi aos 12', de primeira com o pé esquerdo no interior da área, colocado, rasteiro e a corresponder a passe de Maxi. Sempre associativo, muitas vezes furão e outras furacão à procura da finalização. E desta vez matador decisivo e a entrar no grupos dos melhores marcadores da liga.

Kochorashvili (5) — Entrou ao intervalo para o lugar de Morita mas sem nunca encontrar rasgo para desequilibrar a meio-campo. Por vezes ainda se mostra perdido ao lado de Hjulmand.

Fresneda (5) — Calma aos 82' a acabar com qualquer possibilidade de perigo com atraso para Rui Silva.

Geny Catamo (5) — Tentou esticar o jogo mas não teve esse engenho. Nem teve tempo.

Ioannidis (5) — Entrou para o último quarto de hora, somou minutos e deu descanso a Suárez.

Alisson (6) — Grande arrancada pela esquerda aos 87', outra vez aos 89' a pedir melhor definição à bola entregue e aos 90+2' viu a bola rematada desviada para canto. Entrou aos 84 e fez tanto!