Rui Borges à chegada ao banco de suplentes (Foto: Miguel Nunes)

Rui Borges: «Entrámos num facilitismo que não pode acontecer»

Treinador do Sporting reagiu com algumas críticas à vitória pela margem mínima na casa do Estoril, em declarações à Sport TV

— Que análise faz a esta partida?

— Valeu-nos a entrada, primeiros 30 minutos muito bons, intensos, competitivos, chegámos ao golo. No final da 1.ª parte entrámos num facilitismo que não pode acontecer e não só nesses 15 minutos, acho que o jogo tem de servir de exemplo para o futuro. Não podemos ter desculpas de nada. Na 2.ª parte o Estoril não criou grande coisa, mas não fomos o Sporting que costumamos ser. Não criámos oportunidades de golo, muitos passes falhados… o Estoril, tudo o que tem, é muito por bolas perdidas nossas, por exagero de passes interiores, demorar a fazer passes, o jogo ficou mais lento e isso favoreceu mais o Estoril. Dentro do que foi o jogo, fizemos o suficiente para ganharmos, mas depois dos 30 minutos andámos muito apáticos.

— Como analisa as exibições de Debast e de Gonçalo Inácio com bola, que caíram de rendimento após os 30’?

— Não foram só os centrais, foi geral. São dois jogadores muito capazes na primeira etapa de construção. Também falharam alguns passes, na procura do melhor passe, o que nos levou a muito erro de passe, o que não pode acontecer. Devíamos ter mais paciência, a bola andar mais rápido, pausámos muito o jogo. É certo que fomos controlando o Estoril, andámos perto da baliza deles, mas sem criar grande perigo, tirando os primeiros 30 minutos. Com as entradas de Geny, Ioannidis e Alisson tivemos algumas aproximações às balizas, de resto, fomos muito apáticos.

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— Porque tirou Morita ao intervalo, para a entrada de Kochorashvili?

— Foi por gestão do regresso do Morita, estava destinado a fazer só esse tempo. Optámos por metê-lo numa fase inicial para o tirarmos depois. Foi apenas isso que aconteceu.

Que este jogo sirva de exemplo, de todos os jogos que fizemos até agora, o jogo de hoje foi o que menos me agradou, pela incapacidade que tivemos de criar mais coisas do que aquilo que criámos.

— Vêm aí encontros com Nápoles e SC Braga, é imperial o Sporting dar uma resposta nestes jogos?

— É imperial todos estarem prontos para jogar e para darem resposta. Que este jogo sirva de exemplo nesse sentido, de todos os jogos que fizemos até agora, o jogo de hoje foi o que menos me agradou, pela incapacidade que tivemos de criar mais coisas do que aquilo que criámos. Que sirva de exemplo e que quarta-feira, a equipa dê uma boa resposta.