Nova posição no Manchester United? Bruno Fernandes recorda… Jorge Jesus

Um dos temas do ano em Inglaterra tem sido, dentro da inconstância do Manchester United, o facto de Bruno Fernandes andar muito mais longe da área, jogando no sistema de Ruben Amorim como um dos médios centro.

Questionado sobre essa nova função em conferência de imprensa na Cidade do Futebol, antes do jogo de Portugal com a Irlanda, o médio começou por desvalorizar a questão.

«Eu gosto de jogar futebol, independentemente da posição. Podem meter-me a lateral, extremo, guarda-redes... Vou fazer sempre o melhor que as minhas capacidades permitam. Toda a gente tem posições preferidas, mas temos de nos adaptar à ideia do treinador, independentemente se gostamos ou não», introduziu.

Ainda assim, Bruno Fernandes fez questão de recordar que esta não é a primeira vez que desempenha este tipo de função que teve inicialmente… com Jorge Jesus.

«É uma posição que eu já fazia no Sporting com o mister Jesus. Muitas vezes jogava ao lado do William Carvalho ou do Battaglia quando encontrávamos equipas de blocos mais baixos, para tentar ter mais jogadores ofensivos. Quando se vê o jogo de frente há mais tempo para pensar, mais espaços, há menos pressão e o risco é menor. Quando jogo a 10, tenho de criar jogadas, encontrar espaços, finalizar», referiu.

«Adapto-me ao coletivo porque não sou eu que importo, mas a equipa. O objetivo, seja na Seleção, seja no Manchester United é que a equipa tenha bons resultados. Quero jogar melhor e conseguir as melhores exibições, mas se tiver de ter menos influência, o mais importante é o sucesso da equipa», acrescentou ainda.

Sobre se é um alívio sair da bolha de Manchester, onde a pressão é constante devido aos maus resultados dos últimos anos, Bruno Fernandes assume que é bom estar em Portugal, mas garante apreciar a pressão que sente em Inglaterra.

«Estar na Seleção é estar em casa, estar com o nosso povo, falar português e comer comida portuguesa. O sol também ajuda muito, mas adoro estar em Manchester e a pressão que sinto lá porque significa que o objetivo é maior do que aquilo que temos alcançado e eu gosto de desafios que são bons para me fazer crescer como pessoa e jogador», resumiu.