Neemias Queta: «Fiz um bom trabalho»
Segundo o próprio organismo que gere o basquetebol europeu publicou pouco depois de Portugal ter derrotado a Chéquia por 50-62 (10-13, 19-19, 11-12, 10-17), na Xiaomi Arena, em Riga, no arranque do Grupo A do 41.º EuroBasket, nos últimos 30 anos do evento, quando a FIBA começou a registar os ressaltos, Neemias Quet havia sido o primeiro basquetebolista a conseguir mais de 20 pontos e 15 ressaltos no jogo de estreia do campeonato.
Na verdade, o poste do Boston Celtics havia terminado com 23 pontos (com 10/14 em lanç. 2 e 1/1 em triplos), 18 ressaltos, 1 assistência, 2 roubos de bola e 4 desarmes de lançamento em 30 minutos. Por isso foi natural que a imprensa presente, muitas de países que Portugak ainda irá enfrentar, estivesse interessada no que sentia e como vira a sua exibição
«É sempre bom começar pela primeira vez com uma vitória. Em 2007 (última vitória de Portugal no Europeu) ainda nem sequer jogava basquetebol, como a maioria de nós, por isso, neste momento existe um grande sentimento em todos», começou por contar.
«Não estamos demasiados eufóricos, ganhamos e estamos contentes, mas agora vamos acalmar. Temos de jogar cada encontro como se fosse uma final. Essa é a mentalidade que temos de manter», acrescentou.
Questionado como estava a modalidade em Portugal e se as pessoas sabiam quem era na rua, Neemy respondeu: «Este é um bom momento para o basquetebol em Portugal, que é um país de futebol, não é tão conhecido por causa de outras modalidades, mas temos o nosso talento e lutamos por ele».
E é como ele (Mário Gomes) disse, normalmente sou reconhecido. Não sou uma pessoa fácil de se esconder (2,13m), e quando lá estou recebo muito amor das pessoas. Adoro voltar a Portugal e tento devolver à comunidade através de campos de treino e jogando pela Seleção Nacional. É sempre um bom sentimento voltar a casa».
Já sobre a exibição pessoal Queta contou que «a defesa é o que queremos como principal foco». «Sabemos que, por vezes não vamos marcar, nem vamos ter um jogo perfeito ofensivamente como o de hoje, mas estar numa equipa que marca o nível pressionando campo inteiro, os bases estarem lá nos bloqueios, serem físicos, isso é o que nos vai ajudar a passar ao próximo nível».
«Fiz um bom trabalho na proteção da área quando os adversários entravam e com os rapazes a pressionarem no perímetro, acho que deixámos uma mensagem que todos viram: queremos pressionar muito de forma a perturbar as equipas no ataque», rematou Neemias.