Neemias com exibição histórica no campeonato Fotografia Imago

EuroBasket: «Treinar o Neemias é fácil»

Selecionador Mário Gomes apontou a defesa como a chave da vitória frente à Chequia e não poupou elogios ao poste dos Celtics, que estava ao seu lado e acabara por brilhar no encontro. registado números únicos em 30 anos, quando foi interrogado se era difícil orientá-lo

Com Portugal a bater a Chéquia por 50-62 (10-13, 19-19, 11-12, 10-17), na Xiaomi Arena, em Riga, no jogo de marcou o arranque do Grupo A do 41.º EuroBasket, o selecionador nacional Mário Gomes até podia não estar muito satisfeito com a exibição ofensiva da equipa, mas a defesa e a vitória, a primeira de sempre no início da prova, e frente a um adversário que os Lince nunca haviam batido superava tudo.

«Acho que toda a gente notou que foi um jogo em que as duas equipas entraram stressadas e que, especialmente no ataque, ambas sabem jogar melhor do que fizeram. Mesmo que tenhamos tentado aliviar a pressão dos jogadores, todos sabiam que este era um encontro importante para nós, assim como para o nosso adversário», começou por analisar Mário Gomes que colocou como meta chegar aos oitavos de final.

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«Era o primeiro jogo, sempre importante, assim como para os objetivos que queremos alcançar. Respeitamos todos, sabemos que todas as partidas vão ser muito difíceis e que há equipas mais fortes do que as outras, por isso era  importante. Não jogámos bem ofensivamente, mas, na minha opinião, estivemos bem a defender, com um erro aqui e ali. Essa foi a chave para vencermos».

Quiseram então saber se lhe era fácil treinar alguém como Neemias Queta (23 pts, 18 res, 1 ass, 2 rbl, 4 dsl), a figura do encontro, tendo-se tornado no o primeiro basquetebolista nos últimos 30 anos do EuroBasket, quando a FIBA começou a registar os ressaltos, a conseguir mais de 20 pontos e 15 ressaltos no jogo de estreia do campeonato.

«Treiná-lo é fácil. Verdadeiramente fácil. Não porque ele esteja aqui, seja grande e não possa dizer mal dele, mas é fácil. Sabem, o Neemias sempre fez parte deste grupo. Normalmente não pode estar connosco porque tem a sua vida na NBA. Não o conhecem bem mas, para além do jogador que é, trata-se de uma grande pessoa, humilde. Como costumo dizer sobre ele: quer chegar aos ricos, mas nunca se esquece de onde veio. É isso, é mesmo fácil trabalhar e orientá-lo. Espero que agora não fique demasiado complicado...». Ao que de imediato da ponta da mesa da conferencia-se se ouviu: «Não!». Era Neemias.   

«Uma coisa é importante: sabemos que demos um passo para concretizarmos o nosso objetivo, mas não fizemos mais nada do que ganhar um jogo. Mas claro que vencemos uma importante partida, no entanto temos de manter os pés na terra, continuar humildes e jogarmos o melhor e mais duro que pudermos», rematou o selecionador luso.