«Na época de Mourinho e Guardiola, praticamente não nos falávamos na seleção»
Foi quentinho o El Clásico do fim de semana entre o Real Madrid e o Barcelona, a fazer lembrar outros tempos, nomeadamente quando José Mourinho era treinador dos merengues e Pep Guardiola dos blaugrana.
As palavras de Lamine Yamal incendiaram a rivalidade entre os dois clubes, e no final da partida Carvajal foi tirar satisfações ao jovem de 18 anos, com quem partilha o balneário na seleção espanhola.
Jogador do Real Madrid de Mourinho, Raúl Albiol fez o paralelo do que se passou no domingo com o que se vivia precisamente no início da década de 2010.
«Fez-me lembrar a nossa época, sobretudo a confusão no final do jogo. No final, fala-se muito, mas tem de ficar por ali», começou por dizer, à Cadena SER.
«Não é agradável ouvir a frase 'Vamos lá para fora'. São frases que nem eles próprios pensam», acrescentou, sobre a tensão entre Yamal e Carvajal.
«São colegas de seleção, a tensão e a emoção são normais. Quando o árbitro apita para o final, é preciso tentar manter a calma e desfrutar do espetáculo. O que nós queremos ver é espetáculo, grandes jogadores e golos», defendeu o jogador do Pisa.
Albiol reconheceu depois que a tensão vivida entre o Real e o Barcelona com Mourinho e Guardiola nos respetivos bancos passou para o balneário da seleção espanhola.
«Na nossa época, a seleção tinha muitos jogadores do Barça e do Madrid, éramos quase a seleção inteira. É verdade que houve momentos em que a tensão chegou à seleção.»
«Praticamente, não havia conversa entre os jogadores do Real Madrid e do Barça (...) Mas havia sempre respeito nos treinos e nos jogos, por isso o rendimento não foi afetado. Em termos de convívio e de conversas, andávamos mais eles para um lado e nós para o outro. Mas sem más intenções, tensão ou mau ambiente. Isso foi muito exagerado», revelou.
Albiol concluiu depois: «Ficou demonstrado que a seleção ganhou na mesma, e o mesmo acontecerá agora. Quando chegarem ao Mundial, estarão todos na mesma equipa e tentarão vencer. Talvez não tivéssemos o convívio de nos sentarmos todos juntos à mesa para conversar, mas havia respeito e sabíamos que estávamos na seleção espanhola e que tínhamos de ganhar.»