Mudryk e Sudakov decisivos: Ucrânia vence França e avança para Espanha nas ‘meias’
Depois de a Inglaterra ter vencido Portugal por 1-0 em Kutaisi durante a tarde deste sábado e marcado encontro com Israel nas meias-finais, a Ucrânia garantiu que irá defrontar, também na quarta-feira, dia 5, a Espanha na outra meia-final do Europeu de sub-21 da UEFA, a decorrer até dia 8 do corrente mês na Geórgia e Roménia, ao vencer a França por 3-1 no último jogo dos quartos de final da prova, disputado na Cluj Arena, em Cluj-Napoca (Roménia) e que teve equipa de arbitragem portuguesa, liderada por João Pinheiro, a corresponder à altura, com acerto em três decisões e lances capitais do jogo.
Será a surpreendente Ucrânia a defrontar quarta-feira no Estádio do Steaua (20 horas em Portugal Continental) a Espanha, após a seleção do país de leste da Europa - que vive um conflito bélico desde a invasão russa do seu território desde 24 de fevereiro de 2022 – operar sensacional reviravolta, de 0-1 para 2-1, ainda na primeira parte, ante os ‘bleus, e vai medir forças com ‘nuestros hermanos’.
Quando Rayan Cherki, a passe de Barcola, inaugurou o marcador para a França (1-0), aos 19’, poucos pensariam que a seleção orientada por Sylvain Ripoli iria permitir a recuperação dos ucranianos ainda nos primeiros 45’, obra e graça de Mudryk, estrela do Chelsea – que se estreou, por fim, pela Ucrânia na prova, e provou ser verdadeiro desequilibrador -, e de Georgiy Sudakov (Shakhtar Donetsk).
Após um primeiro ‘susto’ para a baliza dos ‘bleus’, defendida por Chevalier – golo do empate anulado aos 23’, por fora de jogo de Sudakov, com as imagens televisivas a confirmarem o acerto da decisão de João Pinheiro e da equipa de arbitragem, que incluiu os assistentes Bruno Jesus e Luciano Maia, mais Tiago Martins como VAR e Hélder Malheiro AVAR (sueco Mohammed Al-Hakim foi a exceção na ‘equipa portuguesa’, como quarto árbitro) -, o empate chegou mesmo, numa falta de Kalulu sobre Mudryk na grande área francesa (30’), também bem assinalada por João Pinheiro.
Uma grande penalidade que Sudakov converteu de forma superior no 1-1 (31’). E a seleção orientada por Ruslan Rotan adiantou-se no marcador (2-1) aos 44’, pelos ‘suspeitos do costume’: espantosa abertura longa de Mudryk e Sudakov a isolar-se, driblar Chevalier e atirar para a rede deserta, a bisar no jogo e apontar o terceiro tento em quatro jogos na prova da UEFA.
E como não há duas sem três, João Pinheiro voltou a acertar noutra decisão difícil, alertado pelo VAR, aos 81’, quando Elye Wahi, na recarga a um remate de cabeça de Kalimuendo, que Trubin defendera por instinto para a frente, fez o 2-2 para a França: Wahi estava em fora de jogo aquando do remate do companheiro, e a decisão foi (bem) revertida por João Pinheiro, alertado por Tiago Martins.
O ‘canto do cisne’ de França neste Europeu veio cinco minutos volvidos (86’), com o capitão dos ucranianos, Bondarenko, a internar-se pela direita e a picar a bola sobre Chevalier à saída do guardião dos ‘bleus’, selando o 3-1 final e o apuramento, que vale à Ucrânia, também, o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
QUARTOS DE FINAL (apurados a negro):
Geórgia - Israel, 0-0 (3-4, g.p.)
Espanha - Suíça, 2-1 (a.p.)
Inglaterra – PORTUGAL, 1-0
França – Ucrânia, 1-3
MEIAS-FINAIS, 4.ª feira (hora portuguesa):
Israel - Inglaterra (Batumi, Geórgia, 17 h)
Espanha - Ucrânia (Bucareste, Roménia, 20 h)