Maxi Araújo marcou segundo golo dos leões na goleada ao Rio Ave (4-0) (Foto Sérgio Miguel Santos)
Maxi Araújo marcou segundo golo dos leões na goleada ao Rio Ave (4-0) (Foto Sérgio Miguel Santos)

Melhor registo ofensivo no Sporting só mesmo com Yazalde

Leões têm 46 golos apontados na Liga à 16.ª jornada, o que dá uma média de 2,88 por jogo. Mais remates certeiros apenas há mais de 50 anos: em 1973/74

A produção ofensiva do Sporting na Liga nos últimos tempos tem estado, definitivamente, em alta e a comprová-lo está aquilo que não engana: os números.

Com efeito, contas feitas, nos derradeiros três encontros para o campeonato 14 golos anotados — seis ao Aves SAD (6-0), quatro ao V. Guimarães (4-1) e outros tantos ao Rio Ave (4-0).

No pós-Gyokeres, sabendo de antemão que a equipa não teria a mesma profundidade ofensiva que conferia o sueco, Rui Borges alterou o esquema tático de 3x4x3 para 4x2x3x1 e procurou um jogo mais associativo no último terço, consubstanciado no passe curto e nas roturas em espaço reduzido, numa fórmula que tem dado resultado. E prova disso são os 46 golos anotados em 16 jornadas, o que resulta numa média de 2,88 golos por partida.

Por exemplo, comparativamente com a época passada, na qual Ruben Amorim conseguiu o tal feito de 11 vitórias em outros tantos jogos, o leão tinha menos dois golos anotados.

E tem de se recuar muito no calendário para encontrar um leão mais profícuo no último terço, mais concretamente 51 anos. Estava-se na temporada 1973/1974 quando uma equipa liderada pela lenda Mário Lino já tinha 54 golos apontados à ronda 16 da então I Divisão.

Pode encontrar-se um ponto de confluência quando se chega ao melhor marcador de uma e outra equipa, a do continente do goleador máximo, no caso a América do Sul. Se agora é o colombiano Luis Suárez quem já comemorou por 14 vezes, na época que culminou quase em simultâneo com a Revolução dos Cravos, era o argentino Yazalde a estrela-maior da constelação leonina, mas com números bem mais gordos: 27 golos apontados. Os tempos eram outros, as facilidades concedidas aos adversários também e, por exemplo, só ao Montijo, numa goleada por 8-0, marcou seis golos. É obra, mas também é preciso dizer que terminou a época com 46 golos apontados e a Bota de Ouro europeia no bornal.