Matheus Cunha: «Ancelotti quer mostrar ao mundo o que é o Brasil»

O avançado da seleção brasileira, Matheus Cunha, destacou a ambição de Carlo Ancelotti em reafirmar a identidade do futebol brasileiro no cenário mundial, numa altura em que a equipa se prepara para os próximos jogos particulares e para o Mundial de 2026.

Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, o jogador do Manchester United expressou o seu apoio ao técnico italiano. «Ele quer demonstrar ao mundo o que é o Brasil. Estamos a tentar causar um grande impacto. Seja contra o Senegal ou qualquer outra seleção, queremos entrar em campo e mostrar a nossa identidade», afirmou Cunha.

O avançado do Brasil sublinhou a mentalidade competitiva que Ancelotti está a incutir no grupo. «Queremos impor o nosso jogo, queremos ganhar, convencer e mostrar a todos que estão bem representados por quem veste esta camisola. Neste período, o objetivo é provar a todos que o que ele está a construir é algo muito sólido», acrescentou.

O Brasil, curiosamente, nunca conseguiu vencer o Senegal. O historial entre as duas seleções regista um empate (1-1 em 2019) e uma derrota (4-2 em 2023), ambos em jogos particulares.

Presente em todas as convocatórias de Ancelotti desde a sua chegada, Matheus Cunha soma já 12 internacionalizações pela «canarinha», incluindo os jogos mais recentes contra a Coreia do Sul e o Japão. Com 23 chamadas à seleção ao longo da carreira e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2020, o avançado sente que o seu papel no grupo está a consolidar-se.

«Estar aqui, ciente da minha importância e das convocações anteriores, dá-me a tranquilidade de saber que a minha presença é mais firme. O grupo está a ficar cada vez mais coeso e, sem dúvida, quero fazer parte disto», confessou.

Apesar da regularidade, Cunha recusa a ideia de que tenha um lugar garantido no Mundial por favoritismo do treinador. «Este ciclo é diferente, há muitos jogadores a mostrar que querem estar aqui. Apesar de toda a instabilidade que este ciclo teve, com as mudanças de treinador, chegamos a um momento em que tudo está muito mais claro e com um rumo bem definido», explicou.

O jogador do Manchester United prefere manter o foco no presente, sem dar como certa a sua presença na fase final da competição. «Sinto sempre uma certa ansiedade antes de ver a convocatória. Tento não pensar nisso. Fico sempre feliz e honrado por ser chamado, mas só penso no agora. Sinto que faço parte do núcleo que compreende melhor as ideias dele, daqueles que ele tem convocado com mais regularidade», ponderou, reconhecendo que tem boas hipóteses, mas não um «passaporte carimbado».

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