Luís Freire: «Fizemos o jogo que queríamos fazer»

Os números da goleada (11-0) dizem tudo e difícil seria o resultado não deixar todos felizes nas hostas lusitanas. Portugal atropelou, ao final da tarde desta terça-feira, Gibraltar, em partida do Grupo B da fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2027, e Luís Freire estava, naturalmente, feliz com os seus jogadores.

No final do encontro, o selecionador nacional elogiou a forma como a equipa colocou a estratégia em prática, encarando este duelo com a máxima seriedade.

«Fizemos o jogo que queríamos fazer. Tentámos passar aos jogadores a importância de sermos a mesma equipa que temos sido: com muita energia, muita alegria e muita paixão pelo jogo. Pedimos que mostrassem a qualidade deles e que fossem uma equipa. Com todos estes talentos, temos de formar uma equipa. E só com eles no máximo, podemos conseguir estes resultados. Fico feliz por construirmos um resultado como estes e da forma como o fizemos: sempre a acelerar o ritmo e à procura de mais golos. Também pela forma como não sofremos golos, agradou-me bastante a atitude destes jogadores, ao longo de todo o jogo. Vínhamos de três vitórias e sabíamos que Gibraltar poderia ser o adversário mais frágil do grupo», afirmou, em declarações reproduzidas pelo Canal 11.

Freire expressou ainda a sua satisfação por poder contar com elementos de craveira internacional e... há espaço para todos: «Temos muito talento em Portugal para me basear apenas em onze jogadores. Tive de abrir o leque, dar novas oportunidades e todos deram uma excelente resposta.»

Mateus Fernandes também deu conta da alegria do grupo após este resultado volumoso: «Foi um jogo muito competitivo da nossa parte, em todos os aspetos. Sabíamos que iria ser um jogo muito difícil, tendo em conta as características do relvado. Já no ano passado tínhamos defrontado Ilhas Faroé, que também tinha relvado sintético. Nesse jogo, começámos a perder, foi um jogo muito complicado e serviu de exemplo para este ano. Optámos por ser sérios desde o início. Coube-nos gerir a bola, encontrar os melhores espaços e sermos muito objetivos na procura do golo. Ouvimos palavras muito felizes da parte do mister: muita satisfação pela seriedade que demonstrámos ao longo dos 90 minutos. Infelizmente, queríamos ainda mais; queríamos o recorde, mas não foi possível. Felizmente, a outra seleção perdeu e conseguimos isolar-nos no 1.º lugar. Voltei a marcar e sabe sempre bem. Também nunca tinha ganho por 11-0, o que deixa ainda mais feliz por mim e pela equipa.»

Gabriel Brás, que também colocou o seu nome na lista de marcadores deste encontro, viu assim o jogo em Gibraltar: «Cumprimos a ideia que tínhamos para este jogo. E isso notou-se em todos os aspetos: defensivamente, com bola, soubemos gerir os momentos do jogo e criámos oportunidades para fazer estes golos e ainda mais. Estamos de parabéns pelo rigor e pela competência. Em relação ao relvado sintético, temos de nos adaptar a estas circunstâncias. Estamos felizes pelo resultado. Tínhamos como objetivo vencer estes dois jogos. Conseguimos manter a baliza a zero e marcar bastantes golos. A estatística do grupo revela que somos o melhor ataque e a melhor defesa. Agora temos de continuar neste registo.»

Dois golos (um deles de calcanhar) e uma assistência. Foi com estes registos que Diogo Travassos (o melhor em campo para A BOLA) deixou uma marca absolutamente profunda na goleada dos sub-21 lusos em Gibraltar. Mas para o lateral-direito - que esta época está cedido pelo Sporting ao Moreirense - o mais importante foi mesmo a conquista dos três pontos. E no horizonte estão já as batalhas vindouras: «Mais importante que os dois golos e a assistência que fiz, foi a vitória. Sabíamos que ia ser difícil pela questão do relvado, mas conseguimos adaptar-nos bem. Estamos muito felizes porque conseguimos este objetivo dos 11-0. Estamos sempre a pensar no próximo jogo pela Seleção. Quando chegar à altura vamos estar preparados para dar o máximo por Portugal.»

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