Gonçalo Moreira ultrapassa um adversário. (Foto: Torreense)

Liga 2: Olívio Tomé veste a capa de salvador do Benfica B com Mourinho a ver

Jovem avançado saltou do banco para assinar dois golos e evitar a derrota frente ao Torreense

Benfica B e Torreense protagonizaram, no Benfica Campus, um jogo intenso e cheio de emoções até ao apito final. O Benfica B dominou a posse de bola, mas mostrou-se incapaz de traduzir esse domínio em golos. Rodrigo Rêgo foi o encarnado mais inconformado com o resultado e tentou sempre criar situações de perigo (14’ e 23’), mas Unai Pérez manteve o nulo com boas defesas.

O Torreense apostou em transições rápidas e lançamentos longos para atacar a baliza encarnada. Aos 45’+3, a equipa de Torres Vedras foi feliz: cruzamento de Dany Jean e João Costinha, solto de marcação, fez o 0-1, de cabeça. A formação visitante soube aproveitar as oportunidades para chegar à vantagem.

Galeria de imagens 7 Fotos

Na segunda parte, o sentido do jogo não mudou: o Benfica manteve a posse de bola, mas desta vez conseguiu ser eficaz. Aos 58’, Rodrigo Rêgo rematou forte para o empate, após assistência de Gonçalo Moreira, numa resposta imediata à vantagem do Torreense.

A vantagem dos encarnados durou pouco tempo. Aos 61’, Gonçalo Oliveira perdeu a bola perto da área encarnada e Kévin Zohi, sem medo, devolveu a vantagem ao Torreense. Aos 76’, Léo Azevedo fez o 3-1: Javi Vásquez bateu o canto e o avançado cabeceou para ampliar a vantagem. Tudo parecia perdido para os encarnados.

Pouco antes do terceiro golo do Torreense, Nélson Veríssimo lançou Olívio Tomé e o jovem entrou com tudo, fazendo o impensável. Aos 90’, saltando do banco, reduziu para 2-3, e poucos minutos depois, aos 90’+3, ao segundo poste e de cabeça, fez mesmo o empate.

Nota ainda para a grande exibição de Diogo Ferreira. O jovem guarda-redes encarnado fez várias defesas decisivas (53’, 54’ e 88’), mantendo o jogo em aberto.

José Mourinho e os seus adjuntos assistiram ao jogo da equipa B encarnada.

O apito final confirmou um empate emocionante, que refletiu um jogo dividido entre a maturidade e eficácia do Torreense e a irreverência do jovem Benfica. Se os visitantes saem frustrados por deixarem escapar dois pontos, os encarnados encontram motivos para acreditar na qualidade do seu talento emergente, sobretudo no impacto decisivo de Olívio Tomé.