Ian Cathro: «Não estou aqui para fazer seis meses e ver se há um convite da Arábia…»

A ocasião destinava-se à antevisão ao embate que servirá de abertura à 8.ª jornada da Liga, que colocará o Estoril diante do Casa Pia. Porém, além de concentrar-se no imediato e na ambição de derrotar os gansos, Ian Cathro apontou ao médio e longo prazo e assinalou que veio mesmo para ficar.

«Não estamos apenas a fazer tudo para fazer uma boa época e dar o salto. Eu não estou aqui para fazer uma época, fazer seis meses e ver se há um convite da Arábia e dar o salto. Não estou aqui para isso», assegurou o escocês.

«Estou aqui para fazer crescer este clube que é o Estoril, que acho que é o que um projeto superinteressante como este precisa. Normalmente, fazemos uma boa época e vendemos todos, todos vão embora. Quantas vezes o Estoril fez uma boa época e depois desceu de divisão? Isso não representa estabilidade e estamos a tentar criar um modelo diferente, que precisa de muita coisa. Também vão haver altos e baixos ao longo deste caminho, mas estamos aqui», declara Ian Cathro, convicto sobre o projeto.

O treinador do Estoril insistiu na importância de fazer obra - «estou aqui para tentar fazer algo muito mais resiliente, que ajude o clube em três, quatro ou cinco anos pela frente», explicou – e considera que, no presente, a prestação conseguida frente ao Sporting constitui um bom passo.

«Acho que o mais importante de tudo isto é que mostrámos que não vamos jogar com medo, não vamos oscilar entre uma coisa boa e uma má e começar a viver um teatro. Sei que isso existe, vai existir sempre e é importante, porque ajuda também o nosso salário a ficar mais alto existir gente com interesse em tudo isto, faz parte e percebo, mas para quem trabalha e sabe trabalhar dentro destes momentos, é mesmo preciso», reitera o líder estorilista.

Ian Cathro afirma que será com a atual identidade que o Estoril irá reencontrar-se com os melhores resultados… e dela nunca abdicará. «Se tens uma certa coragem e postura depois de ganhar cinco jogos, eu acho que também é mesmo preciso ter as mesmas capacidades quando não ganhaste os últimos cinco jogos. As pessoas já sabem – e vamos mostrá-lo nos próximos três, quatro ou cinco jogos - que a nossa atitude é esta. Vamos tentar melhorar, acredito que vamos fazê-lo, mas não vamos mudar», garantiu.