Froholdt voltou a encher o campo e foi o MVP da goleada do FC Porto em Arouca - Foto: Catarina Morais/KAPTA+

Froholdt e os 'aceleras' das alas têm tanques sem fugas (as notas do FC Porto)

Farioli tinha pedido combustível e a equipa correspondeu mesmo a jogar com dez, fruto da expulsão de Martim Fernandes (falha o Benfica). Dinamarquês esteve em dois golos, Pepê e Borja Sainz deram gás
O melhor em campo - Froholdt (8)
É cada vez mais peça imprescindível em todos os momentos do jogo portista e da estratégia de Francesco Farioli. Incansável, voltou a correr quilómetros sem fim, assumindo papel central nas transições defensivas, funcionando como 'cão de caça' junto dos médios adversários, e ofensivas, galopando qual cavalo... nórdico. Desmarcou-se, aos 12’, e mesmo após perder o ângulo de remate, teve a frieza de ver Samu solto de marcação na grande área do Arouca e serviu o ponta de lança espanhol numa bandeja. Teve, também, muito mérito no lance do terceiro golo: arrancou em zona nevrálgica, temporizou e libertou no momento certo para Borja Sainz, que acabaria por assistir Pepê. Incrível a forma como, aos 90’+2’, ainda sprintou para pressionar a defesa arouquense...

Diogo Costa (6) — Viveu noite descansada, em que a defesa mais difícil surgiu aos 90'+4'. Como tal, preocupou-se quase exclusivamente em distribuir com o critério habitual, quer curto, quer longo, acabando por criar alguns desequilíbrios com saídas rápidas.

Martim Fernandes (4) — No regresso à titularidade, ficou condicionado desde cedo (6’), devido a um cartão amarelo. Pisou terrenos interiores e alternou boas iniciativas com alguns passes desenquadrados. Aos 48’, não escapou a nova admoestação após perda de bola. Problemático: além de ter deixado os dragões com 10, falha o clássico com o Benfica.

Bednarek (6) — Foi de um passe longo do xerife polaco — e de um erro de Popovic — que nasceu o primeiro golo da partida. Tranquilidade e liderança no reduto defensivo e mais 90 minutos sem sofrer para a conta.

Kiwior (6) — Para não destoar do compatriota e parceiro de eixo, rubricou nova exibição sem mácula. Sereno a controlar a zona recuada, como é seu apanágio, e audaz na saída de bola.

Francisco Moura (7) — Arouca foi palco do regresso da melhor versão do lateral portista, a dar largura ou mais por dentro, a combinar com Borja Sainz. Aos 45', cabeceou ao poste e, aos 46', de pé direito, deixou as luvas de Valido em brasa. Foi, porém, aos 61’, que abriu a conta pessoal na época, atirando cruzado e a contar para o 3-0. Saiu pouco depois.

Alan Varela (6) — Gozando de uma liberdade de movimentos que não teve em Salzburgo, roubou várias bolas no seu raio de ação e, apesar de ter errado um ou outro passe, impôs autoridade no setor intermediário, contribuindo para a circulação azul e branca da forma que Farioli pretende.

Gabri Veiga (6) — Deixou o primeiro aviso com um belo disparo de primeira, aos 5’. Agressivo na pressão, procurou romper nas costas da defensiva arouquense. Sacrificado após a expulsão de Martim, cedendo o lugar a Pablo Rosario aos 51'.

Pepê (7) — Prometeu tentar ser o «melhor Pepê» e está a cumprir. Vigiado numa fase inicial, ainda festejou aos 23’, mas o lance foi invalidado. Já aos 42’, mais liberto, cruzou com conta, peso e medida para Borja rematar. O 2-0 é muito dele: tirou um defensor do caminho e, com mestria, isolou Deniz Gul. Rendido na última leva.

Foto: Catarina Morais/KAPTA+

Samu (6) — Era difícil pedir golo mais fácil: aos 12’, só teve de empurrar após a assistência de Froholdt, assinando o quinto tento na temporada. Queixou-se do joelho direito, aos 35', mas foi-se resguardando e aguentou até ao intervalo. Não voltou para a segunda parte.

Borja Sainz (7) — Entrou cheio de ganas e manteve a toada até sair. Apareceu de mansinho, aos 42’, a criar perigo. Já aos 61', viu Moura passar-lhe pelas costas e assistiu o parceiro de flanco para o 3-0. Sempre aguerrido, contagia a equipa (e as bancadas) com a entrega que lhe é tão caraterística.

Deniz Gul (6) — Voltou a dizer 'presente', sustentado, desta vez, com um golo. Rendeu Samu e só precisou de seis minutos para marcar o 2-0. Servido por Pepê, faturou na cara de João Valido, terminando jejum de precisamente um ano: o último golo tinha sido ao... Arouca!

Pablo Rosario (5) — A frio, fechou à direita após a expulsão de Martim Fernandes. Cumpriu a missão, ligando bem com Froholdt e Pepê. Terminou no miolo.

Alberto Costa (6) — Regresso saudado, ainda mais perante a expulsão de Martim. Deu fôlego renovado à direita, ganhou ritmo e… assistiu para o 4-0!

Prpic (5) — Formou um trio com Bednarek e Kiwior, atuando pela meia-esquerda sem sobressaltos.

Zaidu (6) — Subiu à área do Arouca para emendar cruzamento de Alberto e fechar o resultado.