Filha de Ancelotti revela o motivo do corte de relações com Gattuso
Katia Ancelotti, filha de Carlo Ancelotti, concedeu uma entrevista ao Corriere della Sera, na qual falou de alguns temas da esfera privada do selecionador do Brasil, que definiu como «uma pessoa simples que come mal, não conduz bem e que se veste mais ou menos». Entre os assuntos, explicou o que esteve na origem do corte de relações com Gennaro Gattuso, que foi seu jogador no Milan e que em 2019/20 lhe sucedeu como treinador do Nápoles.
«Nunca mais se falaram nem se viram. O meu pai ficou magoado e não finge que está tudo bem. O Rino nunca mais lhe ligou», explicou a filha do técnico de 66 anos, acrescentando que o mesmo ficou imune ao ruído desses tempos: «Ele não lia nem ouvia o que diziam em Nápoles, que ele tinha ido para lá para a reforma. Aquilo, por exemplo, magoou-me imenso.»
E falou do feitio do pai: «Gostava de vê-lo zangado. Pelo menos uma vez (...) O meu irmão Davide e o meu marido Mino contam histórias de fúrias incríveis, uma versão do meu pai que eu desconheço.»
«O Carlo foi pai e mãe, a sua presença sentia-se em casa. A minha mãe, que infelizmente já não está entre nós, estava sempre fora (...) Na altura, achava que ela estava errada, via-a como estranha. Depois, compreendi. A independência é um valor, tal como a liberdade», disse.
Além de falar do pai, comentou as dificuldades enfrentadas pelo irmão, David Ancelotti, que carrega o peso do apelido: «Para mim não é um peso, mas o meu irmão Davide sofreu muitas críticas por ter começado a treinar com o pai. Acredito que teve mais dificuldades do que outros, precisamente porque sempre lhe apontaram o dedo. Agora ele treina sozinho, no Botafogo, também está no Brasil. Incomoda-me que falem dele e não de outros filhos que também trabalham com os pais treinadores. O Pioli, para dar um exemplo.»