Famalicão: «Léo Realpe tem características de equipa grande»
Aos 24 anos, Léo Realpe começa a afirmar-se como um dos pilares do Famalicão. O central equatoriano, adquirido em definitivo este verão ao Bragantino depois de uma época de empréstimo, vive um arranque de temporada em alta: foi titular em cinco jogos na Liga, — falhou apenas um, por castigo — estreou-se a marcar no empate diante do Casa Pia (1-1) e soma exibições consistentes.
Pedro Caixinha treinou o defesa no Bragantino, entre 2023 e 2024, e conhece bem as qualidades e o percurso do jogador: «Quando chegámos ao Bragantino, ele era titular com o outro Léo, o Ortiz, que agora até é presença regular na seleção do Brasil. O que o Realpe tinha de menos bom eram as lesões, lesionava-se com facilidade. Tinha essa questão, que não lhe permitiu ter maior continuidade. Por isso, teve de sair do Bragantino, para procurar ter outro espaço.»
«Ele tem a qualidade de um médio a jogar como central. Vê o jogo de frente, sabe encontrar muito bem os companheiros. Era muito forte na construção. Atacava muito bem a bola a defender e também a bola parada ofensiva. Não era muito rápido, apesar de controlar bem o espaço e a profundidade», disse o treinador, em declarações a A BOLA.
Na época passada, Realpe dividiu presença entre a equipa principal (cinco jogos) e a equipa sub-23 (três jogos). Para Caixinha, a continuidade está a ser determinante para a evolução do central: «Está a jogar com muita frequência, que era isso que precisava. Ter afastado o espetro das lesões é muito importante. Vejo nele um pensamento de jogo e características de equipa grande, sou sincero. É a continuidade que lhe vai dar o nível de confiança necessário para que posa aportar ainda mais ao Famalicão, que é muito ambicioso, e tem permitido lançar jogadores no mercado.»
«É um miúdo muito afável, muito bom profissional e cumpridor. Sabe claramente onde quer chegar e o tempo de jogo que está a ter pode levá-lo a esses patamares cimeiros», acrescentou o treinador.
Com três internacionalizações pela seleção principal do Equador, Caixinha vê como legítima a ambição de Realpe em marcar presença no Mundial-2026. «Totalmente legítimo, até porque já tem passado na seleção, sendo ainda mais jovem. E não jogava na Europa... A estrutura que utilizava favorecia-o, ele atuava sobre a direita. Tendo o passado e o presente como referência, pode perfeitamente aspirar à convocatória para o Mundial», remata.