Estoril: Pedro Amaral regressou às 'origens'... para ficar
O técnico Ian Cathro havia preconizado, na véspera, que o Estoril «vai ganhar muitas vezes» e a equipa correspondeu na receção ao Aves SAD, com um triunfo assente em algumas alterações, cirúrgicas mas revestidas de grande êxito – uma delas residiu no regresso de Pedro Amaral às suas origens.
O defensor havia disputado as anteriores quatro jornadas da Liga como defesa central – descaído para a esquerda, no sistema de três centrais há muito eleito pelos canarinhos – e voltou a ser utilizado numa posição (ainda) mais lateralizada, como ala esquerdo, regressando assim à sua posição natural e na qual se havia imposto na época passada.
A resposta de Amaral foi a melhor: uma exibição de qualidade que contribuiu para o domínio exercido pelo Estoril, devidamente materializado no resultado – até aos 71 minutos, altura em que o esquerdino foi substituído, os canarinhos venciam por 3-0 (sofreriam um golo, minutos depois).
O jogador de 28 anos, um dos capitães de equipa, trouxe consistência e assertividade à esquerda, remetendo Tiago Parente, que se assumia como uma das boas surpresas no início de época do emblema da Linha de Cascais, para o banco.
Uma situação que certamente tranquiliza a equipa técnica estorilista que nas alas defensivas encontra opções diversas… e de qualidade. Para a asa esquerda, além de Amaral e Parente, o Estoril ainda apresenta soluções como Ricard Sánchez, ala direito que jogou no lado oposto na jornada anterior, frente ao Santa Clara, e ainda Fabrício Garcia, extremo que contabilizou várias aparições nesta função no decurso da época transata.
O futebolista de 28 anos parece impor-se à (boa) concorrência e tem sido um indiscutível para o seu treinador – era, inclusive, totalista na Liga até ao encontro deste sábado – e, apesar de se manter como salvaguarda para o eixo da defesa, apenas deverá ser chamado a essa função em caso de necessidade. Será, por isso, na esquerda que se irá afirmar.