Equilíbrio a rodos entre minhotos e viseenses, mas golos... nem vê-los - Foto: Académico de Viseu
Equilíbrio a rodos entre minhotos e viseenses, mas golos... nem vê-los - Foto: Académico de Viseu

Entre candidatos à subida, quando não se ganha... é importante não perder (crónica)

Vizela e Académico entregaram-se de corpo e alma ao desafio, mas a desinspiração no último terço foi total e o nulo prevaleceu. Minhotos e viseenses continuam firmes na luta promoção ao principal escalão

Entrega, atitude, intensidade. Houve de tudo um pouco, faltou o mais importante: os golos. Assim sendo, foi sem ponta de estranheza que o embate entre Vizela e Académico de Viseu, relativo à 15.ª jornada da Liga 2 e realizado na tarde deste sábado, terminasse empatazo a zero.

A primeira parte até teve algumas aproximações dignas desse nome às balizas contrárias, mas no hora da verdade ninguém teve arte e engenho para festejar.

Manu Garrido, aos 23 minutos, não conseguiu dar o melhor seguimento a um cruzamento de Ítalo Henrique, sendo que depois minutos, a bola voltou a rondar área de jurisdição de Domen Gril, após um lance de insistência de Bright Godwin, que, sobre a esquerda, ganhou a bola na pressão a Luís Silva. O cruzamento do nigeriano, porém, não encontrou nenhum companheiro para o toque final.

A ocasião mais flagrante de todo o desafio foi protagonizada por André Clovis: aos 35 minutos, e na sequência de um pontapé livre cobrado por Kahraman, o goleador dos viseenses foi ao segundo andar e cabeceou ao poste esquerdo da baliza à guarda de Antonio Gomís. No desenrolar do lance, Ítalo Henrique foi absolutamente decisivo, cortando a bola em cima da linha.

A equipa orientada por Sérgio Fonseca - técnico que rendeu Sérgio Vieira no comando dos viriatos e ainda não conheceu o sabor da derrota no segundo escalação (perdeu apenas para a Taça de Portugal, com o Aves SAD, na 4ª eliminatória, e apenas no desempate por penáltis) - voltou a ficar perto de ser feliz, mas o remate de Zamora, de meia distância, saiu ao lado do poste direito (37’).

Em cima do intervalo, os minhotos tornaram a ameaçar, mas Miguel Tavares precisava de mais um palmo de altura para corresponder ao cruzamento de Damien Loppy.

Mas se os primeiros 45 minutos ainda promoveram algumas situações de frisson, a etapa complementar foi (bastante) mais equilibrada e… fechada. Ninguém conseguiu desatar o nó e o nulo prevaleceu. Quando não se ganha é importante não se perder, diz-se na gíria futebolística, e Nuno Silva - o escolhido pelos vizelenses para suceder a Ricardo Sousa - estreou-se com um empate no banco dos azuis do Minho.

Com este resultado, os dois clubes continuam nos lugares cimeiros da tabela classificativa e com legítimas aspirações em continuarem a lutar pela promoção ao principal escalão do futebol nacional. O Académico de Viseu está no 3.º posto, com 26 pontos, o Vizela segue na 5.ª posição, com 24.