CEO da McLaren arrasa o ex-chefe da Red Bull e explica porquê
O CEO da McLaren, Zak Brown, criticou duramente o seu antigo rival na Fórmula 1, Christian Horner, antigo chefe da Red Bull.
A relação entre os dois, que se conhecem há 30 anos desde que competiram um contra o outro na Fórmula 3, tornou-se hostil nos últimos anos, à medida que as suas equipas lutavam intensamente em pista.
Brown admitiu que a guerra de palavras entre ambos tinha ido «longe demais». No entanto, atribui a responsabilidade por esta relação tóxica a Horner, revelando como o dirigente britânico mudou ao longo dos anos.
«Conheço o Christian há mais de 30 anos. Dávamo-nos bem. Os resultados dele são incríveis, tiro-lhe o chapéu por isso. Mas ele mudou. Penso que a fama de Drive to Survive, o dinheiro, a glória, tudo se tornou um pouco excessivo», começou por dizer ao The Telegraph.
«Às vezes, ele não joga limpo. Quando eu competia, havia pilotos que eram duros e que te empurravam com duas rodas para fora da pista. Isso é aceitável. Mas, outros pilotos empurram-te com as quatro rodas para fora. Isso já não é aceitável. Eu sou um tipo de 'duas rodas fora'. O Christian é um tipo de 'quatro rodas fora'», acrescentou.
Zak Brown recordou as acusações de Horner
No final da temporada de 2024, a Red Bull fez uma queixa na qual alegava que a McLaren estava a injetar água nos seus pneus. Mas, investigação conduzida pela FIA não encontrou qualquer prova de infração por parte da McLaren.
«Ele fez acusações contra a nossa equipa. Não consigo imaginar que ele acreditasse nelas. A intenção era simplesmente perturbar-nos. Independentemente da legalidade, toda a gente no desporto sabe que não se faria isso por razões técnicas», defendeu.
Recorde-se que Christian Horner deixou a Red Bull em julho, após ter sido acusado de comportamento impróprio por uma funcionária. Uma investigação interna ilibou-o das acusações.
E, desde aí, o CEO da McLaren diz que o ambiente melhorou.
«Se olhar para a 'pitlane' agora, vejo-nos a lutar arduamente uns contra os outros politicamente, mas existe uma linha que não é ultrapassada. Penso que essa linha foi ultrapassada antes, e creio que foi prejudicial. Por isso, acho que veremos uma pequena mudança para melhor», concluiu.