Carlos Vicens: «Temos de estar preparados para que o ritmo não seja tão rápido»
Carlos Vicens, treinador do SC Braga, sublinhou que as vitórias dão sempre outro alento para os jogos seguintes, mas deixou o alerta em relação aos diferentes desafios que o Casa Pia (este domingo às 20.30 horas) vai colocar à sua equipa.
«As vitórias ajudam a dar confiança para enfrentar os jogos com melhor espírito e humor, sendo que tem de ser assim amanhã. Queremos voltar a ganhar na Liga. É a competição que temos pendente para voltarmos a engrenar e ainda criar boas sensações no nosso estádio. Vimos de um encontro em que a equipa esteve muito bem, tivemos de gerir o esforço, porque os jogadores deixaram a pele em campo. Estão conscientes de que somos todos importantes, pois nas diferentes competições necessitamos de todos. Amanhã é outro dia, porque temos de acabar a recuperação e encarar um jogo com desafios diferentes. Somos a equipa com mais tempo útil e vamos defrontar a terceira equipa com menor percentagem, ou seja, vamos ter cerca de 10 minutos a menos que o normal e temos que contar com isso para tentar a vitória. Temos de criar uma fortaleza mental de nível elevado. Vimos de um jogo em que foi tu cá, tu lá , com ritmo e temos de estar preparados para que o ritmo não seja tão rápido, sendo que temos de ser capazes de voltar a entrar na cadência independentemente do que aconteça. É isso que tem diferenciado os jogos da Liga e das competições europeias.»
Os guerreiros do Minho não vencem há seis jornadas e o técnico considerou que é urgente voltar a encontrar o caminho dos triunfos.
«Queremos quanto antes regressar às vitórias na Liga. Nos dois últimos jogos fora não estivemos mal. Em Guimarães, não conseguimos levar a vitória e em Alvalade fizemos uma exibição muito boa. A equipa está num processo com diferentes desafios em várias competições. As semanas são para recuperar os jogadores. Não se pode dizer que a Liga está por um lado e os restantes por outro. O encontro com o Nacional foi mau em casa, mas três dias antes tínhamos feito um jogo excecional frente ao Feyenoord. Neste processo, estas coisas vão acontecer. Na quinta-feira, não foi um jogo amigável, foi de alto nível da Europa, frente a um adversário em que fomos capazes de fazer com que estivessem menos bem que o habitual. Estas coisas não são grátis e exigem esforço mental e físico. Temos de recuperar e amanhã dar um nível ainda superior ao de quinta-feira para te impores perante o Casa Pia. Pois há outra vez jogo quarta-feira e depois Estádio do Dragão com uma semana limpa do FC Porto. Não é desculpa, mas faz parte de um contexto, não colocamos a camisola da Liga numa semana e outra camisola noutras partidas.»
Na jornada 7 da Liga, os minhotos foram derrotados na Pedreira (0-1) pelo Nacional e Vicens não pretende esquecer esse jogo, revelando aquilo que representou para o plantel.
«Foi uma chamada de atenção importante para a equipa, porque nos fez ver que oferecer aquela versão não é aceitável. Vi os jogadores decepcionados com eles próprios e depois desse jogo foram muito conscientes de que aquela versão não podia surgir mais. Mas também no treino pós-Feyenoord não vi falta de atenção ou de foco, sendo que isso é importante. Foi algo que a equipa ficou consciente de que não se pode repetir», revelou o timoneiro dos arsenalistas que ainda falou sobre o facto de ter estado mais interventivo no banco na partida com o Estrela Vermelha.
«Estou contente, porque estou a ver uma equipa que está a crescer. Olhando contra o Tondela e a de hoje vêm-se coisas diferentes. O que me faz ter confiança no dia a dia é que a equipa está a crescer. O estar mais ativo pode ter a ver com o facto de no jogo estarem a acontecer muitas coisas, porque há mudanças no rival que tem de ser o treinador a avisar e a reestruturar, vão sucedendo coisas e quase não tens tempo para explicar aos jogadores e pode ser por isso que estive mais interventivo.»