Fabio Capello, antigo treinador italiano - Foto: IMAGO

Capello criticou-o e agora diz: «Sempre disse que podia fazer muita coisa»

Antigo treinador italiano muda de discurso sobre o treinador do Inter, Christian Chivu

O Inter de Christian Chivu teve uma primeira amostra negativa no Mundial de Clubes, onde foi eliminado pelo Fluminense nos oitavos de final.

Seguiu-se, depois, um começo de Serie A com duas derrotas nos primeiros três jogos.

Contudo, desde aí, as exibições melhoraram e os resultados também. Os nerazzurri somam cinco vitórias consecutivas.

Há cerca de 3 semanas, Fabio Capello criticou as exibições do Inter de Chivu: «Jogam de memória, mas tudo é esquemático. Falta-lhes fantasia. Nenhum dos avançados é capaz de superar o seu adversário».

Mas, agora, elogia o treinador romeno e alega que sempre acreditou nele.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

«É um rapaz inteligente. Sempre disse que ele podia fazer muitas coisas, conhecendo-o desde a Roma. Tive grande confiança nele quando todos os outros falavam negativamente dele, e ele dá-me razão» disse o antigo treinador da Roma no Festival dello Sport em Trento em declarações à Gazzetta dello Sport.

Capello recordou que treinou Chivu na capital italiana e elogiou o antigo defesa romeno.

«Ele era um defesa central elegante, inteligente, com presença. Um líder nato. Falava pouco, mas era ouvido no balneário. Agora, ele tem de conseguir introduzir algo novo, gradualmente, para se afastar da linha anterior», acrescentou antes de lembrar que alguns jogadores do Inter ainda estão longe da sua melhor forma.

«Alguns jogadores, como Barella, Dumfries, Dimarco ou Çalhanoglu, nem sequer estão a cem por cento. Mas quando estiverem, veremos o Inter de sempre», afirmou o ex-técnico de 79 anos.

«Revoluções são muito difícies»

Para fechar, o antigo treinador do Real Madrid elogiou a transição gradual do antigo treinador do Parma.

«Assumiu a liderança técnica do Parma e saiu-se bem. Assim que entrou no balneário do Inter, a coisa mais inteligente que fez foi não entrar como um bulldozer. Tentou fazer as suas ideias serem compreendidas gradualmente. Outros treinadores de outras paragens quiseram revolucionar as coisas, e as revoluções são muito difíceis», concluiu.