Depois da receção apoteótica no aeroporto, foi à luz do dia que a receção de Antony no Betis foi anda mais brilhante, com vários adeptos a percorrerem com o jogador as ruas de Sevilha até ao local da apresentação.

Antony emocionado: «Só eu sei o que passei em Manchester, 40 dias no hotel à espera...»

Na apresentação no Betis, brasileiro falou das dificuldades nas negociações para deixar o United e voltar a Sevilha

Depois da receção apoteótica no aeroporto, no qual foi recebido na noite de segunda-feira por centenas de adeptos, foi à luz do dia que a receção de Antony no Betis foi anda mais brilhante, com vários adeptos a percorrerem com o jogador as ruas de Sevilha até ao local da apresentação, um restaurante nas margens do rio Guadalquivir, do lado do bairro de Triana.

Aliás, é de lá que vem a alcunha que recebeu ainda na época passada, quando alcançou um excelente desempenho em seis meses de empréstimo, com a chegada à final da Liga Conferência, e convenceram a direção do clube a desembolsar 22 milhões de euros junto do Manchester United, onde não contava para Ruben Amorim, para o ter em definitivo.

Esta manhã, Antony foi oficialmente apresentado como jogador do Betis até 2030. O brasileiro emocionou-se ao recordar os difíceis dias de espera, mas expressou a sua enorme felicidade por regressar – e até foi interrompido por barcos com adeptos que passavam no rio só para o saudar.

O presidente do clube, Ángel Haro, recordou as dificuldades nas negociações: «O Betis tem uma enorme capacidade de se tornar atraente e querido. Jogadores e adeptos de meio mundo conhecem o Betis e ficam apaixonados para sempre, como se tivessem nascido em qualquer bairro de Sevilha. Dar-te a alcunha ‘Antonio de Triana’ foi a forma máxima de expressar a sua proximidade. Foram meses difíceis de negociação, sobretudo as últimas horas, e, claro, também para os teus agentes e para ti. Foram dias muito difíceis, no hotel, numa situação complexa, e sempre prevaleceu a convicção de que estaríamos aqui a celebrar a tua chegada.»

Antony, visivelmente emocionado, pegou na deixa e contou que passou mais de um mês num hotel à espera que resolvesse a transferência: «Estava ansioso por viver isto. Foi um mês muito difícil, mais de 40 dias no hotel, dias muito duros, mas o meu agente e todos os dirigentes do clube sabiam o quanto eu queria voltar ao Betis. Estou muito feliz por estar aqui e agora por mais tempo, com muitas coisas para fazer, muitas coisas pelas quais lutar.»

«Cheguei a Manchester no dia 14 de julho e fiquei desde então no hotel com o meu pai. Foi difícil, mas, para ser sincero, Manchester agora é passado para mim. Estou no Betis e estou focado aqui. Deixei muito claro [em Manchester] que a minha primeira opção era o Betis - era o Betis ou o Betis -, não havia outra opção. Só eu a minha família sabemos como foi difícil estar lá (começa a chorar). Treinar separado... mas eu sabia que este momento incrível iria chegar. Tive medo, mas esperei porque tinha muita fé», explicou ainda.

Antony ainda falou sobre a receção apoteótica que recebeu no aeroporto na noite de segunda-feira: «É a primeira vez que vivo isto. A minha mulher estava aqui há quatro ou cinco dias e dizia-me «não sei se vais voltar, mas eu já estou [para ficar] aqui». Há dias que tinha pessoas junto à minha casa, estava ansioso por estar aqui, é a primeira vez que vivo isto com os adeptos, por isso, quando vestir a camisola, vou correr por cada um deles.»