Alonso e o primeiro dérbi de Madrid: «É nestes ambientes que gostamos de jogar»

Atlético de Madrid e Real Madrid enfrentam-se este sábado no jogo grande da jornada 7 da LaLiga. Será o primeiro de Xabi Alonso ao comando dos merengues e, mesmo tendo em conta que visitará a casa do rival, o treinador garantiu que é nesses ambientes que os jogadores gostam de jogar.

«É um ambiente bonito e é nestes ambientes que gostamos de jogar. Nos dias antes já se nota o ambiente na cidade. Isso vê-se e amanhã, sabendo que há jogo, estás ainda mais motivado. De um lado está a preparação para o jogo, que fazemos sempre com o mesmo foco, mas é um dérbi e tem um ambiente especial. É um jogo muito bonito e esperamos um ambiente potente, que nos obrigará a jogar com concentração para podermos ganhar», disse Alonso, que explicou o que espera da partida: «O Atlético evoluiu. Fizeram mudanças inteligentes. Lutam por tudo esta temporada. Não temos de nos focar só no lado emocional, mas também no físico e no tático. É uma equipa com muita energia, temos de nos preparar para o ritmo elevado.»

É a terceira vez que Xabi Alonso vai enfrentar Diego Simeone em duelo de treinadores — fê-lo duas vezes ao serviço do Leverkusen. Mas o espanhol não espera semelhanças nem facilidades, mesmo que, à entrada para a ronda 7, os colchoneros estejam em nono lugar, com apenas duas vitórias. «É diferente ir ao Metropolitano com outro clube ou com o Real Madrid. A classificação nada me diz. Nunca é uma vitória à partida no Metropolitano. O que Simeone tem vindo a fazer nestes 14 anos é muito importante. Estou a começar e quero ir a pouco e pouco», explicou.

Sem dar pistas sobre o onze inicial, Alonso descreveu Jude Bellingham como «um médio-ofensivo» e deixou elogios a Franco Mastantuono, com quem disse estar «muito contente». O Real Madrid, que vive uma série de seis vitórias nos primeiros seis encontros na LaLiga, está a três de igualar o melhor registo da história da prova — nove triunfos, também dos madrilenos — mas ainda a 10 da melhor série de vitórias, que pertence à equipa do Barcelona de 2010/11 e do Real Madrid em 2016/17.

«É muito difícil. Cada jogo é muito complicado e não podemos confiar que, por termos este símbolo ao peito, vamos ganhar. Temos de ser consistentes e, quanto mais proativos formos, mais jogos venceremos. Não nos podemos relaxar», disse o treinador, que aconselhou Vinícius Jr., alvo de insultos racistas no estádio do adversário, a distanciar-se do sucedido: «Tem de se concentrar no campo. É um jogador fundamental para nós e gosto muito de o ver sorrir.»

Houve ainda espaço para uma palavra de apreço a Sergio Busquets, médio com quem partilhou o balnéario da seleção de Espanha e que anunciou esta sexta-feira o fim da carreira: «Primeiro, quero felicitá-lo por toda a carreira que teve. Foi um grande companheiro e desfrutámos muito na seleção. Como colega, nunca me enganou. Não era o mais rápido de pernas, mas sim de cabeça. Tomava sempre as decisões corretas. Por causa disso teve uma carreira brilhantíssima. Que desfrute do final e desejo-lhe muitas felicidades.»