A análise de Pedro Henriques à arbitragem do Utrecht-FC Porto

No início do jogo apareceu inscrito na ficha de jogo Francisco Moura, como titular. Posteriormente, e ainda antes de começar o jogo, foi substituído nessa ficha por Zaidu. Nas competições da UEFA, o regulamento diz o seguinte: depois de entrega das fichas, troca de jogadores por lesão, com declaração médica, não conta como substituição e a equipa mantém as mesmas cinco substituições regulamentares; troca por qualquer outra razão, sem declaração médica, conta como substituição e a equipa fica assim só com a possibilidade de fazer apenas mais quatro. O facto é que a equipa dos dragões acabou mesmo por fazer só quatro alterações no decorrer do jogo. De esclarecer que em Portugal não funciona assim; se alguém que estiver inscrito como titular for substituído antes do jogo começar não pode ir para o banco, mas a equipa pode meter um jogador que estivesse inscrito no onze sem que isso conte como substituição, ou seja, pode manter as mesmas cinco.

24’ O árbitro mostrou cartão amarelo a Pepê por este protestar de forma veemente com uma decisão. Mesmo que tenha sido agarrado e que tenha razão, não pode fazer os gestos que fez a discordar. Comportamento antidesportivo bem sancionado.

26’ Dominik Prpic vê cartão amarelo, também por protestos. Neste caso, agarrou na própria chuteira que lhe saltou e mandou-a de forma veemente contra o solo. Atitude claramente antidesportiva e incorreta. Disciplinarmente bem sancionado.

48’ No golo do Utrecht,  Viergever tem a posição ganha e está na frente de Martim Fernandes. Ambos usam os braços para se controlarem em termos posicionais e é por esse uso de braços simultâneo que não se valoriza o tal bloqueio que a lei não permite.

55’ Sem penálti. O guarda- redes do Utrecht, Vasilis Barkas, defende a dois tempos, e na segunda vez toca com ambas as mãos na bola e só depois, fruto desse salto todo esticado e após tocar no esférico, há o contacto natural e sem falta com Pablo Rosario.

57’ Cartão amarelo bem mostrado a Martim Fernandes, porque ao derrubar o seu adversário, Alonzo Engwanda, já perto da área portista, cortou claramente um ataque prometedor.

62’ Gjivai Zechiel viu o cartão amarelo por demorar na saída do terreno de jogo aquando da sua substituição, isto quando já estava junto do seu colega sobre a divisória da linha do meio-campo. O árbitro entendeu que quis perder tempo na substituição.

66’ Após o golo dos dragões e dentro da baliza, Gabri Veiga empurrou duas vezes pelas costas Vasilis Barkas e este respondeu com um encosto de cabeça. Não lhe deu uma cabeçada nem o agrediu. Vermelho mal mostrado: comportamentos antidesportivos, era amarelo para os dois.

70’ Cartão amarelo bem mostrado a Victor Froholdt por após perder a bola ir atrás de Miguel Rodríguez, que ia na direção da baliza dos dragões, carregando-o e destruindo desta forma um ataque prometedor.

78’  Davy van den Berg acaba por ter uma entrada fora de tempo e, quando estica a perna, pisa com o seu pé esquerdo, de sola, o pé direito de Pablo Rosario. Uma entrada negligente bem sancionada disciplinarmente com o cartão amarelo.

90’ O árbitro deu seis minutos de tempo extra, recuperação de tempo perdido, em função dos seis amarelos e um cartão vermelho mostrados no segundo tempo, pelos dois golos que também foram marcados e e também pelas cinco paragens para substituições, onde entraram sete jogadores.

90+1’ Siebe Horemans viu de forma correta o amarelo por com ambas as mãos agarrar Borja Sainz.

90+6’ O cartão amarelo mostrado a Alberto foi porque o portista, ao carregar Haller, teve apenas a intenção de parar e destruir uma saída rápida do Utrecht.