17 anos de prisão para homem acusado de roubar bola assinada por Neymar
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal sentenciou Nélson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão. O homem de 34 anos é acusado de vários crimes, entre os quais o de furto qualificado, por ter roubado uma bola assinada por Neymar.
O roubo ocorreu a 8 de janeiro de 2023: apoiantes de Jair Bolsonaro, que perdera as eleições presidenciais para Lula da Silva, invadiram a Praça dos Três Poderes e o edifício do Congresso Nacional, em Brasília. Mais de 500 pessoas foram condenadas por estes atos, considerados antidemocráticos.
A bola estava no edifício porque fora uma prenda do Santos ao antigo deputado federal Marco Maia, do Partido dos Trabalhadores (o mesmo de Lula), quando Neymar ainda era um jovem jogador do emblema paulista. A bola esteve desaparecida durante 20 dias, até 28 de janeiro, quando Nélson Júnior contactou a Polícia Militar para dizer que tinha o objeto em sua posse, em Sorocaba (estado de São Paulo).
«Fiquei perplexo quando soube que a bola havia sido roubada e que estava em lugar incerto, ninguém sabia onde se encontrava», disse Marco Maia à Globo.
Os crimes em causa
O juiz deste caso, Alexandre de Moraes, explica o que motivou, em parte, a pena de 17 anos aplicada ao réu (citado pela Globo): «Admitiu que esteve no local dos factos, mais especificamente no interior do Congresso Nacional, onde teria subtraído uma bola de futebol autografada pelo jogador Neymar.»
«A defesa alegou que o objeto foi retirado com o intuito de protegê-lo, mas a devolução da peça apenas 20 dias após os eventos descaracteriza essa justificativa, tratando-se, no máximo, de arrependimento posterior, sem relevância para fins de exclusão de ilicitude», adicionou.
Para além do furto, Nélson Ribeiro Fonseca Júnior foi condenado pela prática dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, associação criminosa armada e deterioração de património. A condenação ainda é passível de recurso.