João Almeida vai estar no Giro e na Vuelta em 2026. IMAGO
João Almeida vai estar no Giro e na Vuelta em 2026. IMAGO

Vuelta 2026: quatro países e o maior desnível de sempre!

A prova começa com 'glamour' do Casino no Mónaco, no mítico circuito da Fórmula 1 e termina em Alhambra, Granada, numa viagem de 3.200 km que promete emoções fortes e um teste à resistência dos ciclistas, entre os quais o português João Almeida, de 22 de agosto a 13 de setembro

Está desvendada a Vuelta do próximo ano, onde o português João Almeida se apresentará como um dos candidatos. Com mais de 58.000 metros de desnível positivo acumulado, esta será a edição com mais metros de desnível da história e considerada uma das mais exigentes, num traçado que inclui dois contrarrelógios, sete etapas de alta montanha, quatro de média montanha e oito jornadas planas ou onduladas.

A apresentação do percurso realizou-se esta quarta-feira, no Principado do Mónaco, na presença do Príncipe Alberto II, e mais do que a partida, a surpresa estava reservada para a chegada com a revelação de que será Alhambra, a icónica fortaleza vermelha, a acolher a meta pela primeira vez.

Tal como em 2025, França servirá de ponte para a Península Ibérica. Haverá finais para sprinters em Manosque e pura exigência em Font-Romeu, antes do pelotão entrar em Andorra. O pequeno principado, um veterano nestas andanças desde 1965, voltará a ser decisivo com passagens pelo Port d’Envalira, Beixalis, Coll d’Ordino e La Comella, tudo em apenas 104 quilómetros. «É um percurso muito duro. A montanha será protagonista desde o início», avisou Fernando Escartín, diretor técnico.

A corrida entra em território espanhol com subidas conhecidas e outras inéditas. Valdelinares, Aitana, Calar Alto, La Pandera, Peñas Blancas e a estreia do Collado del Alguacil, com rampas que chegam aos 20% de inclinação. A penúltima etapa, na Sierra Nevada, incluirá uma dupla passagem pelo Alto de Hazallanas antes da subida final rumo à glória em Granada.

Mas esta 81.ª edição da Volta a Espanha tem muito mais do que montanha para oferecer. Na etapa de Castellón, o pelotão enfrentará um troço de 3,5 quilómetros de sterrato (terra batida) em El Bartolo e os especialistas do contrarrelógio também terão o seu momento. Ou melhor dois: um prólogo de 9 quilómetros no Mónaco e outro de 32,5 quilómetros entre El Puerto de Santa María e Jerez de la Frontera.

Os sprinters contarão com quatro a cinco oportunidades, embora até a etapa final em Granada prometa surpresas pois a meta estará localizada no topo de uma subida de um quilómetro, após quatro voltas a um circuito.

«Acolher a partida oficial da La Vuelta é uma honra», declarou o Príncipe Alberto II. «Queremos oferecer um cenário de excelência desportiva e mostrar ao mundo todas as facetas do Mónaco», acrescentou.