Benfica: «Kokçu não apareceu nos momentos decisivos»

NACIONAL19.05.202514:32

Jorge Ribeiro, antigo jogador dos encarnados, analisa época da equipa

Jorge Ribeiro, antigo lateral-esquerdo que fez a formação no Benfica e chegou à equipa principal, irmão de Maniche (também antigo jogador dos encarnados, ex-internacional português), olhou de uma forma analítica para o momento das águias.

Di María e Jorge Ribeiro, extremo e lateral do Benfica, em 2008 (foto: Miguel Nunes)

«São dois anos sem ganhar nada no campeonato, que é o objetivo principal. Tem de se fazer uma reflexão na Direção, até porque acho que o Benfica contrata bons jogadores, mas por valores astronómicos. Falamos de muitos milhões de euros e o clube não tem conseguido dar títulos aos adeptos», começou por dizer Jorge Ribeiro, numa entrevista extensa à agência Lusa e na qual aborda vários tópicos.

«Não queria individualizar muito, mas, quando um clube contrata por bom dinheiro, esses jogadores têm de dar [rendimento], principalmente nos momentos decisivos. Vou dar um exemplo: Orkun Kokçu custou 30 milhões, mas, na minha opinião, não apareceu nos momentos decisivos com o Sporting e na Liga dos Campeões. Um jogador que custa aquele dinheiro tem de fazer a diferença nos momentos decisivos em clubes grandes para arrebatar troféus, mas isso não aconteceu», diz Jorge Ribeiro.

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Ganhar a Taça de Portugal é obrigatório, diz Jorge Ribeiro, que considera Bruno Lage uma boa aposta. «O Benfica precisava de uma mudança na altura e foi buscar um técnico que conhecia o clube e a sua estrutura. O Bruno Lage fez uma boa campanha, com bons resultados na Champions, e levou a discussão do campeonato até à última. Tem de ganhar a Taça de Portugal, senão é uma época menos conseguida.»

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Recordando os tempos dele de Benfica, Jorge Ribeiro fala da exigência dos adeptos. «Sei que o Benfica é um clube exigente. Passei por lá e sei perfeitamente como é aquela casa. Exige-se sempre o título e, quando os adeptos veem que um treinador não ganha, cobram. Essa cobrança está a ser feita agora ao Bruno Lage. O Benfica já não ganha há dois anos e tem de haver consequências, mas não é mandar um treinador embora agora para vir outro e voltar outra vez à estaca zero.»

Muitos elogios merece Vangelis Pavlidis. «Demorou a aparecer, mas também teve a ver com a adaptação a um país e uma cultura diferentes e a um clube exigente. Com o tempo, viu-se que é mais do que um avançado, sendo quase completo e um dos melhores da I Liga

Sobre Di María, com quem chegou a partilhar balneário, constata fase de irregularidade do extremo argentino de 37 anos. «Foi sempre um jogador de alto nível. Antes das lesões, fez vários golos e assistências e estava bem. Esta época foi atípica e, com a idade, surgem pequenas lesões, que criam desconforto. Ele deixa um legado bom e a vida segue. Também está na hora, porque há jovens com qualidade a aparecer.»

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