Zabiri é fã de Messi e explica opção Famalicão: «Veja-se o exemplo de Ugarte...»

Yassir Zabiri brilhou recentemente na conquista de Marrocos do Mundial sub-20, torneio onde inclusivamente foi eleito o segundo melhor jogador, mas no Famalicão o jovem de 20 anos continua à procura da afirmação plena.

Esta temporada soma seis jogos pela formação de Hugo Oliveira, ainda sem qualquer golo marcado. A época passada, a primeira no clube da Liga, dividiu o tempo entre a equipa principal e os sub-23. Na principal, foram três golos em seis partidas. Nos sub-23, seis golos e uma assistência em seis encontros.

Ainda com o Mundial no pensamento, o jovem avançado concedeu uma entrevista ao jornal AS, de Espanha, na qual relembrou essa conquista.

«É um sonho. Desde que comecei a jogar, era isto que sempre desejei: jogar e criar um nome na seleção marroquina. Eu só quero jogar futebol; nunca me imaginei noutra profissão. Estudava como qualquer miúdo, mas o futebol é a minha vida. Trabalhei muito durante bastante tempo e esperava por uma oportunidade como esta, e poder vivê-la pelo meu país. Representar o meu país é algo enorme para mim. Graças a Deus, cumpri esse sonho de ganhar um Mundial», afirmou.

Zabiri chegou ao Famalicão em 2024, seduzido pela juventude do emblema português. «A primeira coisa que me chamou a atenção e me atraiu foi o facto de o Famalicão ser uma equipa muito jovem. A maioria de nós somos miúdos e temos praticamente a mesma idade. O capitão [Gustavo Sá] é apenas um ano mais velho que eu. O mais velho tem 27 ou 28 anos», explicou.

«Isso motivou-me a arriscar e a tentar a sorte nesta equipa, porque pensei que seria ideal para jogar desde o início, sem ter de passar por um processo de adaptação difícil. Também analisei o seu historial: contratam jogadores jovens que, com o tempo, dão o salto para equipas maiores. Veja-se o exemplo de Manuel Ugarte», acrescentou.

A glória com a seleção de sub-20 está alcançada, e agora o futebolista quer chegar à seleção principal de Marrocos. Para isso, no entanto, sabe que tem de ganhar espaço em Famalicão.

«Sinceramente, neste momento sinto-me preparado, mas as convocatórias não dependem de mim, dependem do mister Regragui. A decisão final é dele. É verdade que ele falou connosco depois do Mundial e disse-nos para voltarmos aos nossos clubes, continuarmos a jogar a titular e que, a qualquer momento, poderia chamar-nos. Eu estou a cumprir. O meu objetivo é jogar pela minha equipa; no outro dia fui titular contra o FC Porto e espero que continue assim, se Deus quiser. Quero marcar e mostrar a Walid [Regragui] as minhas capacidades. No final, fazer um bom Mundial de sub-20 não garante automaticamente o nível para a seleção principal», argumentou.

Yassir Zabiri não esconde que sempre quis jogar na Europa, e confessa-se um espectador atento do futebol espanhol.

«Sinceramente, adoro a LaLiga. Em criança, era adepto do Barça e via quase todos os jogos. É um futebol muito bonito e vistoso. Todas as equipas são boas, não se resume ao Real Madrid ou ao Barcelona. Há o Atlético e muitas outras, sempre a competir ao mais alto nível. É, sem dúvida, uma competição enorme, com clubes grandes e históricos.»

«Não há uma equipa específica que seja feita para o meu estilo. Sou um jogador que se adapta muito rapidamente a qualquer situação. Se olharmos para o Atlético, têm uma tendência mais defensiva; se olharmos para o Barça, preferem atacar. Se um dia jogasse numa dessas equipas, adaptar-me-ia sem problemas ao estilo do clube», garantiu.

A ligação ao Barça vem desde pequeno, sobretudo por causa de Messi, jogador que sempre idolatrou.

«Desde pequeno. A minha família é do Barça, embora também tenha familiares do Real Madrid. Naqueles anos, o Barça estava no seu auge: Messi, Xavi, Iniesta, Puyol, Villa… Messi é uma lenda. Não é apenas a minha inspiração, é uma lenda para qualquer pessoa.»

«Aquele que eu mais observava era o Suárez, porque é avançado como eu. E também o Griezmann, porque gosto do seu estilo e sinto que o meu é bastante parecido: é esquerdino, marca golos muito bons, defende bem e jogou tanto no Barça como no Atlético. Gosto dele porque, como disse antes, jogou em equipas com dois estilos totalmente distintos e rendeu em ambas», atirou.

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