João Almeida e Jonas Vingegaard passaram uma etapa tranquila na Vuelta

Vuelta: João Almeida começou a descansar... um dia antes!

O pelotão, integrando o português e o seu rival Jonas Vingegaard, cumpriu uma etapa tranquila, permitiu mais de 13 minutos de vantagem a um numeroso grupo, do qual se destacou o vencedor Mads Pedersen

João Almeida e Jonas Vingegaard iniciaram a recuperação um dia antes da jornada de descanso, a segunda desta Volta a Espanha, na segunda-feira, completando tranquilamente a etapa 15, conquistada por Mads Pedersen (Lidl-Trek) a partir de uma numerosa e madrugadora fuga. O dinamarquês, apesar da regularidade que lhe confere a liderança da classificação por pontos (camisola verde), perseguia a primeira vitória desde a tirada inaugural.

Os rivais na luta pela camisola vermelha passaram a etapa, este domingo, no recato de um pelotão, que percorreu os 167,8 quilómetros entre A Veiga/Vegadeo e Monforte de Lemos a ritmo moderado, permitindo que uma numerosa fuga chegasse à meta com mais de 13 minutos de vantagem. Neste grupo, Ivo Oliveira (UAE Emirates) alcançou a 11.ª posição na etapa.

Por isso, entre o português da UAE Emirates e o dinamarquês da Visma-Lease a Bike, os primeiros da classificação geral, nenhuma alteração. A batalha que tem marcado com emoção esta edição da Vuelta retomar-se-á na terça-feira, em mais uma etapa dura e com final em alto, uma contagem de montanha de 2.ª categoria no Mosteiro de Castro de Herville.

Apenas se registe no top-10, a entrada para a 9.ª posição do belga Junior Lecerf (Soudal Quick-Step), um dos 46 elementos da fuga inicial a beneficiar da larga vantagem para o pelotão.  

No entanto, não foi pela parcimónia do pelotão que a etapa foi menos interessante. Na frente assistiu-se a uma corrida de gato e de rato entre o duo Jay Vine (UAE Emirates) e Loius Vervaeke (Soudal Quick-Step), e o restante enorme grupo, de cerca de 50 corredores, que se manteve intermédio para o pelotão. O australiano, já vencedor de duas etapas, reforçou a liderança da classificação de melhor trepador (camisola às bolas azuis), ao somar a pontuação máximas nas únicas duas contagens de montanha (1.ª e 2.ª categoria).

Na subida final, a 27 quilómetros da meta, um grupo destacou-se na perseguição ao duo da dianteira: Magnus Sheffield, Egan Bernal (INEOS Grenadiers), Santiago Buitrago (Bahrain Victorious), Eddie Dunbar (Jayco AlUla), Marco Frigo (Israel-Premier Tech), Mads Pedersen (Lidl-Trek) e Orluis Aular (Movistar). Juntos, alcançaram Vine e Vervaeke a 6 quilómetros do fim.  

Bernal lançou o primeiro ataque, abrindo as hostilidades, sucedendo-o uma série de contraofensivas. Todavia, o velocista Mads Pedersen, a partir de então claramente o favorito numa chegada ao sprint, não se deixou surpreender e não deixou escapar ninguém, apesar de uma derradeira tentativa do italiano Frigo a 500 metros da meta.

O dinamarquês agarrou-lhe a roda e com naturalidade impôs-se na meta, à frente do venezuelano Orluis Aular e de Marco Frigo, para alcançar a primeira vitória nesta Vuelta e consolidar a camisola verde.