Tudor: «Não tenho medo nenhum de ser despedido»
Duas derrotas consecutivas, sete jogos seguidos sem vencer. Tem sido esse o registo recente de Igor Tudor na Juventus e a imprensa italiana aponta fortemente a uma possível saída do técnico croata num futuro próximo, sendo que o jogo de domingo pode ser mesmo decisivo.
Tudor reencontra a sua ex-equipa, a Lazio, mas desvalorizou a situação e não se demonstrou nada preocupado com a possibilidade de ser despedido ainda este fim de semana, caso não consiga um regresso às vitórias. «Demissão? Não tenho medo nenhum, estou a aproveitar e a procurar soluções para o bem dos meus jogadores e da Juventus», começou por dizer, em conferência de imprensa, admitindo que não tem feito um bom trabalho.
«Estou bem e dou nota zero a mim mesmo numa escala de um a dez. A sensação depois de Madrid é positiva, mesmo tendo perdido. Agora temos de ganhar, em Roma será um bom teste. A equipa está motivada e ansiosa por fazer um bom jogo, dado o momento e o adversário», disse, elogiando a atitude dos seus jogadores na derrota com o Real na Champions (0-1) e colocando foco no próximo jogo.
«Reforços em nível baixo? Não há problemas. Não há nada de especial. Eles dão tudo, há sempre um tempo de adaptação e depois o treinador escolhe. Zhegrova vem de um ano sem jogos, depois fez algumas participações e, após um treino intenso, parou. Quando pressiona, Edon tem esse problema. Temos de ficar calmos, treiná-lo da maneira certa e talvez aproveitar a sua qualidade nos últimos vinte minutos. Neste momento, é impossível que ele aguente um jogo inteiro», explicou, não falando diretamente do português João Mário.
«As análises são feitas no início ou no final da temporada, agora o que conta são os jogos. A verdadeira personalidade nas novas gerações é rara e tê-la é como encontrar ouro. Vejo isso também nos meus filhos e nos seus amigos, vejo menos empatia e mais egoísmo no mundo atual. Não há um treino em que eu não incentive os rapazes a assumirem responsabilidades, ainda hoje disse isso a todos. Todos devem ser líderes. Locatelli e Perin têm sempre palavras para os companheiros, Yildiz é um líder pelo seu comportamento, Vlahovic pelo seu peso na equipa, David é um justo e um exemplo, Thuram pode tornar-se um líder no futuro», finalizou.