Eis Alvalade de cara lavada depois das obras de profunda remodelação

Sporting: viagem até Alvalade 2.0

Desde 'lounges' de luxo a um museu totalmente remodelado e a um relvado novo, veja o que mudou no Estádio dos leões

O Sporting promoveu esta quarta-feira uma visita guiada ao Estádio José Alvalade, acompanhada pelo administrador da SAD André Bernardo para dar a conhecer as obras de remodelação de que o recinto inaugurado a 6 de agosto de 2003 foi alvo e que estão enquadradas no conceito Alvalade 2.0.

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Do lado poente, no piso 2, nasceu um espaço de restauração de luxo com capacidade para 280 pessoas que permite aos utilizadores assistirem ao encontro enquanto deglutem a sua refeição. O espaço que era de camarotes foi totalmente renovado e tanto funciona em dias de jogo como fora deles, desde que seja alugado para os mais diversos eventos corporate.

Os lugares loges permitem que, confortavelmente sentados numa poltrona e num espaço aberto, os utentes também vejam in loco as emoções dos encontros enquanto comem. O relvado, agora híbrido, foi rebaixado e o fosso tapado para que o estádio tenha mais dois mil lugares, já disponíveis para o encontro com o FC Porto, agendado para 30 de agosto. O museu mantém-se no piso 1 mas foi totalmente renovado, sendo agora um espaço minimalista e multifuncional, pois em dias de jogos ali são servidas refeições para 576 pessoas.

Relvado cinco estrelas

O novo relvado do Estádio José Alvalade, estreado no jogo com o Arouca, recebeu a certificação cinco estrelas — a máxima — por parte da Liga de Clubes. O nóvel terreno de jogo é híbrido, ou seja, é composto por relva natural e fibras sintéticas, aumentando assim a sua resistência. Desta forma, os responsáveis leoninos esperam aumentar a durabilidade do relvado. Numa fase inicial após a inauguração do complexo denominado Alvalade XXI,  devido à configuração do estádio,  os relvados eram assolados por diversos problemas, sobretudo, por força do sobreaquecimento na zona do terreno de jogo.

Plano 24-34

As obras no estádio inserem-se no plano estratégico 24-34, apresentado em novembro do ano passado com pompa e circunstância. Já estava prevista a recompra do Alvaláxia e a primeira remodelação já quase concluída, mas ainda haverá mais aspetos que prometem ser melhorados, como, por exemplo, a zona da bancada de imprensa, estando também prevista a colocação dos novos marcadores electrónicos mas cuja a localização está, para já, no segredo dos deuses. Um dos objetivos do Conselho Diretivo é que não só o estádio mas como toda a zona envolvente funcione, também, como um hub de entretenimento, mas ainda haverá um caminho algo longo para ser percorrido.

Acima dos €60 M

O Sporting não divulgou quanto já gastou nesta primeira fase das obras no Estádio José Alvalade mas o custo, ao que A BOLA apurou, já está acima dos €60 M. Se bem que a venda  passe de Gyokeres tenha sido acima deste valor, o sueco não terá financiado por completo esta fase das obras de remodelação dum local onde marcou tantos e tantos golos e ainda tem uma camisola exposta, na Tribuna Peyroteo, do lado nascente do recinto, num local que face ao crescente número de funcionários de clube e tendo em conta que o recinto, para todos os efeitos não foi ampliado, funciona como zona de coworking.

Sustentabilidade

O Sporting demonstra preocupações com a sustentabilidade ambiental e, nesse sentido, tem implementado uma série de medidas. Por exemplo, todas as águas que servem para a rega do relvado são recicladas e todas as lâmpadas das torres de iluminação foram substituídas por LED, com maior durabilidade e menos gasto energético. No entanto, a maior parte da pegada carbónica do estádio advém das deslocações dos adeptos em veículo próprio, mas aí é difícil intervir...