Frederico Varandas arrasa comunicados do Benfica sobre arbitragens: «Entrámos no ridículo»

Varandas: «O tricampeonato será um terramoto!»

Máximo dirigente dos leões responde às críticas do Benfica

Frederico Varandas, presidente do Sporting, foi esta terça-feira questionado sobre se o clube de Alvalade é um alvo a abater, depois de responder às mais recentes críticas do Benfica.

«Este ano disse aos meus jogadores, quando a época arrancou, que o bicampeonato foi uma ligeira convulsão para o futebol português. Há 70 anos que não se via isto, mexeu com muita coisa. O tricampeonato, se acontecer, é um terramoto para o futebol português. E isto assusta muita gente e sei vai haver muita pressão e muito ruído para que não aconteça», afirmou aos jornalistas, à partida da comitiva verde e branca para Itália.

Questionado sobre se teme que o Sporting saia prejudicado com estes ataques rivais, foi perentório: «Não. O problema que eles não conseguem perceber é que isso alimenta ainda mais os nossos jogadores e a nossa fome de ganhar. Há 40 anos que esperávamos por isso. Ser o alvo a abater? Há 40 anos que esperávamos por isto. E vou dar novidade: não é que gostemos de estar nesta posição, sentimo-nos confortáveis e estamos a pensar ficar aqui mais algum tempo.»

«Falemos dos comunicados. No ano passado fui criticado por falar de arbitragens, não foi de arbitragens, eu critiquei uma comunicação tóxica, ruidosa, que os nossos rivais fazem, que Benfica faz, continua a fazer. O FC Porto não faz porque está em primeiro. Eu critiquei essas comunicações que condicionam arbitragens, levei 60 dias. Benfica fez comunicado na final da Taça, parecia que tinha rebentado a III Guerra Mundial. Faz novo comunicado antes da Supertaça, a criticar o árbitro Fábio Veríssimo. Final essa que perdemos e eu dei os parabéns ao árbitro. Por cada comunicado destes, o CD é 1000 euros, 1800 euros. Eu critiquei uma comunicação tóxica para os árbitros e levo 60 dias», sublinhou.

«O Sporting domina o futebol português por mérito dentro de campo», disse. Vi um espetáculo imperdível na campanha do Benfica, o ex-presidente e candidato parecia que tinha dado uma notícia sobre a previsão do tempo para a semana — «Isto o futebol português era assim: eu e o senhor Pinto da Costa sentávamo-nos e decidíamos o futebol português, quem era o presidente da Liga, do Conselho de Arbitragem. Ele disse isto e ficou tudo calado, toda a gente achou normal, eu não acho, o Sporting não acha normal. Foram 40 anos de futebol. Quando as pessoas veem o Sporting a lutar por um futebol independente, íntegro, onde o presidente do Sporting não escolhe árbitros. Vou para o dia do jogo sem saber quem é o árbitro, pela saúde dos meus filhos, fico a saber no dia do jogo quem é o árbitro. Mas estes senhores estavam habituados a ser assim», disse.

«Reparei que o atual presidente do Benfica disse 'Devolvi a credibilidade ao Benfica'. Credibilidade desportiva? O Benfica nos últimos dez anos teve sucesso desportivo. Credibilidade financeira? Não, o Benfica sempre teve bons resultados financeiras, uma boa máquina a criar receitas. Sabem qual é a credibilidade que quer dizer? Interpretei: 'Retomámos à ética, boas práticas'. Também assisti ao atual presidente do FC Porto, a lançar candidatura a dizer 'Tem de acabar o clima do medo, o FC Porto precisa de um novo ciclo, um futuro com bons princípios, ética e transparência'. Por isso não é o presidente do Sporting que diz que havia falta de ética e transparência nos rivais, são os atuais presidentes que o dizem. O presidente do Sporting lidera um clube que é campeão por mérito, bicampeão por mérito e vai lutar por um tricampeonato por mérito», reforçou.

Notícia atualizada