Sporting e FC Porto vencem 'a duas velocidades' na Champions

No Pavilhão João Rocha (e em todos os recintos portugueses na noite europeia de ontem) fez-se minuto de silêncio em homenagem a Júlio Rendeiro, antiga glória do hóquei em patins do Sporting e nacional, que morreu na quarta-feira aos 83 anos.

Os leões, sem que tenham feito uma exibição de gala, honraram a memória da sua estrela das décadas de 1960 e 70 com uma vitória clara sobre o Bassano, por 5-0, em jogo da segunda jornada do Grupo B da LIga dos Campeões, refletindo inequívoca superioridade sobre o adversário italiano.

A resistência dos visitantes durou oito minutos, quando Rafael Bessa sticou forte ainda longe da área e bateu pela primeira vez o guarda-redes Valentib Grimalt, materializando em vantagem, justa, o ascendente do Sporting, que já tinha disposto de um penálti (3’), que Alessadro Verona não conseguiu converter.

O Bassano reagiu, e aos 10 minutos teve a melhor oportunidade na etapa inicial, quando Pozzato, isolado, atirou ao lado da baliza de Xano Edo. Não empataram os italianos, ampliaram a contagem os portugueses, por Nolito (16’), em jogada individual que culminou no 2-0 com que se atingiu o intervalo.

A segunda parte trouxe mais do mesmo – a hegemonia leonina. Verona fez o terceiro golo aos 6 minutos, com remate colocado de fora da área, e acabou com as dúvidas - se as havia ainda – sobre o vencedor do jogo. O Bassano aceitou a sentença e o que restou do duelo foi o crescer da goleada verde e branca. Diogo Barata aumentou o pecúlio sportinguista para quatro (11’) com um tiro cruzado e Danillo Rampulla fez a sua equipa chegar à mão cheia a dez minutos ainda do final. Todavia, quem esperaria um triunfo mais avantajado, enganou-se. O leão descansou a pensar nos próximos compromissos.

No Dragão Arena, o FC Porto não teve uma noite fácil frente ao Reus, suando para vencer os espanhóis por diferença tangencial (2-1), em partida da segunda jornada do Grupo A da Champions.

Os portistas entraram determinados a somar o segundo êxito na prova (venceram em Igualada na ronda inaugural, por 3-1), mas os catalães, que vinham de derrota caseira com o vizinho Barça (3-5), cedo mostraram capacidade para discutir a contenda.

Foi numa toada de equilíbrio que o FC Porto se adiantou no marcador, mas com uma jogada brilhante de Gonçalo Alves, que serpenteou entre adversários já dentro da área e assistiu Rafa para um golo... fácil. Decorria o minuto 15 e o Reus inconformou-se com uma desvantagem que certamente considerava injusta. Desde logo, respondeu, mas apesar da pressão, os dragões souberam fechar o caminho para a sua baliza e até ao intervalo o marcador não sofreu mais alterações.

O empate chegou quatro minutos após o descanso pelo stique de Marc Giuliá, quando a partida decorria a ritmo moderado e o FC Porto parecia tê-la sob controlo. A partir daí, os comandados de Paulo Freitas lançaram-se à procura do golo da vitória e os espanhóis em defesa de precioso ponto em reduto difícil. Foram premiados os azuis e brancos, na conversão de um penálti, pelo seu especialista Gonçalo Alves, quando decorria o minuto 17.

Também o OC Barcelos não teve tarefa fácil para vencer, em casa, o Liceo (3-1), resolvendo o jogo na segundo parte após empate a um golo ao intervalo.