Acordo entre leões e londrinos está mais perto, mas ainda é preciso partir mais alguma pedra

Sporting: 2.ª temporada da série 'Gyo' com poucas diferenças em relação à 1.ª

Trata-se, no fundo, de uma série com pouco de novo em relação à 1.ª temporada, a não ser alguns papéis do elenco e os milhões envolvidos. Pouco interessante, portanto

Mais avanço menos recuo, aproxima-se o final da segunda temporada da série Gyo, baseada em factos reais relacionados com duas transferências de um grande ponta de lança.

Manda o imperativo da equidistância crítica afirmar que esta segunda temporada pouco ou nada surpreende em relação ao enredo da primeira, exceto na dimensão dos clubes envolvidos, no estatuto entretanto adquirido pela personagem principal e, sobretudo, nos milhões em causa.

Não quer isto dizer que não haja alguns ensinamentos, ou moral da história, a retirar dos episódios já lançados em 2025, mas já lá vamos.

Recuemos dois anos, agora, para perceber o reembrulho de um argumento pouco original, recorrendo apenas a notícias de A BOLA:

19 de junho de 2023

25 de junho de 2023

4 de julho de 2023

8 de julho de 2023

Houve, nesta segunda temporada, um muito ligeiro twist na forma como a personagem principal lidou com o tema: algures entre junho e julho de 2023 Viktor declarou algo como «I hope Coventry can also consider what I want and what I feel, not just who pays the most.» [Espero que o Coventry possa também levar em conta o que eu quero e sinto, e não apenas quem paga mais]. Desta feita, o herói mantém um prudente silêncio, embora se vá tendo notícia de muitos telefonemas zangados para Alvalade e Alcochete.

De resto, entre as restantes personagens mantém-se o papel dos empresários (decisivo, ainda que entrando por vias pré-litigiosas com os clubes vendedores dos direitos desportivos) e o papel do Sporting passou de comprador a vendedor, com as mais-valias óbvias após dois anos de alto rendimento do jogador em palcos bem mais visíveis que o segundo escalão inglês.

Frederico Varandas age — e muito bem — da mesmíssima forma que o dono do Coventry há dois anos. Defende os interesses do Sporting e não se encolhe perante ameaças.

Moral da história? O dinheiro fala sempre mais alto, o que nada tem de novo, daí o relativo desinteresse da série. Pena que pelo meio possa sair manchada a imagem de um (ex?) grande ídolo dos adeptos leoninos.