Sean Dyche fez a antevisão do jogo com o FC Porto
Sean Dyche fez a antevisão do jogo com o FC Porto - Foto: IMAGO

Sean Dyche: calças de ganga, concertos dos Kasabian e... o FC Porto

Primeira conferência de Imprensa do novo treinador do Nottingham foi, como seria de esperar, animada. E não houve muito tempo para falar sobre os dragões...

Um dia depois de ter sido oficializado como sucessor de Ange Postecoglou no comando técnico do Nottingham Forest, Sean Dyche deu a primeira conferência de Imprensa no clube inglês. A conversa com os jornalistas foi dividida em duas partes: uma mais dedicada à chegada do treinador ao City Ground e outra mais virada para o encontro desta quinta-feira, com o FC Porto. Ainda assim, o duelo com os dragões acabou por ficar relegado para segundo plano.

Sempre em tom de boa disposição e afoito na fala, o britânico de 54 anos assumiu um discurso fiel aos seus princípios: mais do que falar em «futebol bonito», o mais importante é «mudar a situação atual» do Nottingham.

«Estou aqui para seguir em frente. Respeito todos os treinadores, o Ange [Postecoglou], o Nuno [Espírito Santo], que esteve cá antes… Temos um grupo fantástico de jovens jogadores e eu só quero desempenhar o meu papel num clube tão rico e histórico como este», começou por referir Sean Dyche.

«O que temos de tentar fazer é encontrar equilíbrio. Queremos jogar de forma eficaz. Temos de ganhar, esse é o ponto de partida. Mas de que forma podemos ganhar? Há várias formas e vários estilos. Os jogadores estão muito orgulhosos do que fizeram na época passada. Temos de manter essa mentalidade vencedora. Vou fazer o melhor possível para mudar a situação. Se conseguirmos fazer isso com estilo, melhor, mas a prioridade é mudar o cenário atual», vincou o técnico, que, ao ser questionado sobre a perspetiva de um futebol mais direto e virado para as bolas paradas, respondeu com... moda.

«Por que razão as bolas paradas não hão de ser importantes? Fazem parte do jogo! Há uns anos já pouco se falava de bolas paradas, agora falam novamente. É como as calças de ganga justas e as mais largas…», atirou Dyche, com um sorriso no rosto.

Sem treinar desde janeiro, altura em que deixou o banco do Everton, o novo treinador do Forest falou, ainda, sobre os meses que passou à espera de um novo desafio. Segundo o próprio, a partir de agora os concertos dos Kasabian — banda que admira — terão de esperar...

«Quando estás fora do futebol, tentas fazer coisas normais da vida. Estar com os filhos, com amigos, família… O meu pai tem 82 anos e raramente o vi nos últimos anos. Foi mais por aí e não tanto sobre concertos e afins, ainda que eu seja suspeito nesse tema», acrescentou.

Mais para o fim da conferência de Imprensa, uma observação sobre o FC Porto e o momento que a equipa de Francesco Farioli atravessa. «O FC Porto tem estado bem, tanto a nível interno como europeu. Os nossos jogadores estão recetivos. Temos de recordar o que eles já fizeram bem e agitar um bocadinho o estado de espírito, mas espero ver a equipa entrar com muita energia. Estudámos o FC Porto, sabemos o que têm feito esta época, mas aqui, no City Ground, somos capazes de defrontar qualquer equipa. Queremos essa mentalidade bem firme», sublinhou Sean Dyche.