Camisola 17 abriu e fechou as contas do triunfo gordo dos dragões diante dos gansos (Foto: Catarina Morais/Kapta+)
Camisola 17 abriu e fechou as contas do triunfo gordo dos dragões diante dos gansos (Foto: Catarina Morais/Kapta+)

Sainz venceu etapa no rali levando William a copiloto (notas do FC Porto)

Borja inspirou-se no compatriota, histórico campeão no automobilismo na década de 90, e deu 'show' nas curvas da Invicta. Extremo brasileiro 'sentou-se ao lado' e espalhou magia. Que meio-campo de luxo!
O melhor em campo: Borja Sainz (8)
Os adeptos do FC Porto têm água na boca relativamente ao extremo espanhol, muito por culpa dos 19 golos (e quatro assistências) que fez na época passada, ao serviço dos ingleses do Norwich, e Borja está a demonstrar que não quer defraudar o exigente universo azul e branco. Na primeira jornada já tinha feito uma oferta — para o golo de Pepê, no 3-0 aplicado ao Vitória de Guimarães —, em Barcelos esteve mais comedido, mas diante dos gansos começou, verdadeiramente, a explodir. Abriu o ativo aos 20 minutos, depois de invadir a zona central da área e corresponder da melhor forma ao cruzamento de Victor Froholdt, fechando as contas já na etapa complementar, aproveitando a generosidade de Duplexe Tchamba para atirar para o 4-0 (67'). Sainz não é Carlos, mas também sabe fazer rali...

Diogo Costa (6) - Ao jogo 200 com a camisola dos dragões, talvez nem 200 minutos na partida de ontem fossem suficientes para ter trabalho. Que belo sunset...

Alberto (7) - Tinha assistido na jornada inaugural, diante do Vitória de Guimarães, desta feita foi a vez de estrear-se a marcar. À passagem do minuto 40, integrou-se bem na manobra ofensiva (tal como, de resto, tantas vezes fez) e aproveitou uma bola que lhe caiu à frente, na sequência de um ressalto após canto, para atirar de pronto para o 3-0. A bola ainda tocou em Nehuén Pérez, mas já levava o selo do golo do lateral.

Nehuén Pérez (6) - Sem ponta de trabalho, limitou-se a entregar a bola sempre jogável para os companheiros do setor intermediário.

Jan Bednarek (6) - À imagem do argentino, também teve uma das tardes mais descansadas da carreira. Terá apenas a lamentar o amarelo aos 65 minutos.

Zaidu (6) - A ala direita dos gansos não lhe causou transtornos e isso deu-lhe (ainda) mais tendência atacante. Cumpriu.

Victor Froholdt (7) - Ligado à corrente, como é seu timbre, recuperou a bola em zona alta, aos 20 minutos, e cruzou com régua e esquadro para o golo de Borja Sainz. Também quis oferecer a felicidade a Alberto, aos 56 minutos, mas o remate do camisola 20, já no interior da área casapiana, saiu a rasar o poste direito da baliza contrária.

Alan Varela (7) - Que jogatana! Assistiu William Gomes logo aos 7', mas Patrick Sequeira impediu o primeiro dos dragões. Aos 38' o (pré-)internacional argentino tentou a sua sorte com uma autêntica bomba do Porto a Buenos Aires, mas o poste esquerdo foi o seu único inimigo. No restante, foi o elemento de todos os equilíbrios.

Gabri Veiga (7) - O 10 a ser... 10. Manobrou em posse, apresentando sempre soluções para as jogadas de ataque, mas também não se coibiu de fugir às marcações contrárias, sem bola, para procurar os espaços vazios e ser lançado em profundidade. Patrick Sequeira voou como um ganso para negar o golo (34'). Apontou o pontapé de canto do qual resultaria o terceiro golo, apontado por Alberto.

William Gomes (8) - Chamado à titularidade em função da lesão de Pepê, o esquerdino não deixou o compatriota mal visto e fez, também ele, vibrar a plateia do Dragão. Deixou o primeiro aviso logo aos 7 minutos, com um remate já no interior da grande área que contou com a enormíssima oposição do internacional costa-riquenho que é dono das redes do Casa Pia, mas aos 25 minutos não deu hipótese. E fê-lo com toque de samba de alto gabarito: recebeu a bola encostado à linha, do lado direito, fletiu para o centro suportando a pressão de vários adversários, e, já em cima da área, tirou José Fonte da frente com uma finta subtil para depois atirar forte e colocado para o 2-0. Golaço!

Luuk de Jong (6) - A experiência que a vasta carreira permitiu-lhe perceber que, mesmo não marcando, poderia ser útil à equipa através de um jogo mais associativo, por vezes até de costas para a baliza. E cumpriu. Patrick Sequeira travou-lhe a felicidade (14') e o tiro aos 54 minutos foi... para os Países Baixos.

Francisco Moura (6) - Ocupou-se do flanco esquerdo na etapa complementar e acompanhou o ritmo do coletivo.

Eustáquio (6) - Cerca de meia hora com a simplicidade do costume no setor intermediário.

Rodrigo Mora (6) - Ovação tremenda (mais uma) no momento da sua entrada. Não teve, desta vez, oportunidade de tirar um dos habituais coelhos da cartola, optando pela simplicidade. Terá sido a despedida do Dragão?...

Zé Pedro (5) - Voltou a entrar para o lado direito da defesa e não teve problemas para resolver.

Prpic (5) - Rendeu o amarelado Bednarek e deu continuidade à segurança no eixo defensivo, onde pontificou ao lado de Nehuén Pérez.