Reinaldo Teixeira: «Adeptos e membros do FC Porto ligaram-me, solidários»
Reinaldo Teixeira, presidente da Liga, prometeu falar sobre o polémico reagendamento do jogo Arouca-FC Porto, que se realizou na passada segunda-feira à noite e estava inicialmente marcado para domingo, e cumpriu com a palavra. No final da Assembleia Geral Ordinária da Liga, que teve lugar esta terça-feira, na sede do organismo, no Porto, o dirigente garantiu que na sua presidência a Liga «nunca haverá uma atitude premeditada para beneficiar ou prejudicar qualquer clube.»
De recordar que no mais recente editorial da revista Dragões, André Villas-Boas considerou uma «irresponsabilidade» a decisão unilateral do organismo de reagendar o jogo entre dragões e Arouca para a noite do dia 29, apontando fragilidades na gestão da Liga. «Calendários erráticos, decisões tardias e leituras enviesadas dos regulamentos minam a competitividade», acusou.
Sobre isso, Reinaldo Teixeira garante que respeita a «opinião» do líder portista, mas afirma ter recebido de «adeptos e membros do FC Porto» palavras de solidariedade: «É uma opinião do Presidente do FC Porto, que respeito. Não temos aquela ideia que somos os craques do mundo. Nesta função temos de ter estratégia e caráter. A estratégia pode mudar, mas o caráter não perco. Se erro, corrijo de imediato. Alegro-me que vários adeptos, vários sócios, vários membros do FC Porto que me conhecem há muitos anos e que, nesta passagem, ligam-me, solidários, pedindo desculpa, inclusive, por algumas atitudes ou da forma como [o tema] foi defendido».
De acordo com fonte oficial da Liga, Reinaldo Teixeira não se referia diretamente às declarações ou opiniões de André Villas-Boas sobre o reagendamento do jogo, mas às mensagens de contestação de que foi alvo e que surgiram pintadas nalgumas paredes da vila de Arouca. Foi neste contexto, garante a Liga, que o dirigente recebeu palavras de solidariedade de portistas seus conhecidos.
A decisão final, vinca Reinaldo Teixeira, foi tomada em escrupuloso respeito pelos regulamentos: «A única data que havia disponível, que os clubes não concordaram, foi a 30 de outubro. Nessa data, a distância entre os jogos, era igual a esta segunda-feira. Essa data de 30 de outubro obrigaria a mudar quatro jogos. A data de 29 de setembro obrigou a alterar um só jogo, como sabem, o Famalicão-Rio Ave. E foi o que fizemos. Entretanto, o FC Porto reclamou e a reclamação chega num dia, e nós tínhamos dez dias para responder. Respondemos nas horas seguintes. Não sei se três, quatro, cinco horas seguintes. Respondemos. Até hoje, estamos convencidos de que o que fizemos, é aquilo que o regulamento nos permite fazer. Dizer, como ouvi dizer, 'porque é que não trocaram a ordem e o jogo ser FC Porto-Arouca?' O Regulamento não permite. Por que é que não colocaram o jogo no outro estádio? O Regulamento não permite. Estava marcado para aquele estádio, era preciso fazer o jogo naquele estádio. Há total abertura para se trabalhar nos Regulamentos, para que, cada vez mais, sejam transparentes e claros. Mas repito: