Vassilis Fotias, árbitro grego de 36 anos, dirigiu o Salzburgo-FC Porto
Vassilis Fotias, árbitro grego de 36 anos, dirigiu o Salzburgo-FC Porto - Foto: Imago

Pedro Henriques analisa arbitragem do Salzburgo-FC Porto: dois golos bem anulados

Em momentos capitais, boas decisões. Árbitro anulou golo aos dragões por braço de Samu. VAR em ação para invalidar tento dos locais por fora de jogo

16’ Cartão amarelo bem mostrado a Moussa Yeo por uma entrada fora de tempo. O jogador do Salzburgo acabou por pisar com o pé esquerdo o peito do pé também esquerdo de Zaidu. Boa decisão disciplinar.

21’ Golo bem anulado aos dragões, mais concretamente a Jan Bednarek, por uma infração de mão/braço cometida por Samu. O avançado espanhol dos dragões, já junto à linha de baliza, após a bola lhe bater no baixo ventre, controlou de forma deliberada o esférico com o braço esquerdo, antes de fazer desta maneira irregular a assistência para o central polaco finalizar.

30’ Na área dos austríacos, Gadou cortou a bola com o pé direito, não rasteirando nem tocando no pé direito de Gabri Veiga. Boa decisão, pois não havia motivo para pontapé de penálti.

45’ Faltou cartão amarelo a Bidstrup por uma pisão negligente sobre Gabri Veiga. O jogador do Salzburgo, com o pé esquerdo, entrou de sola e com os pitons no peito do pé direito do espanhol dos dragões.

45’ O árbitro não deu tempo extra, mas com dois amarelos mostrados e alguns jogadores que embora não tenham recebido assistência médica dentro do terreno de jogo tiveram algum tempo no chão para recuperar, deveria claramente ter dado pelo menos dois minutos de recuperação de tempo perdido.

57’ Golo bem anulado ao Salzburgo por fora de jogo. O assistente, numa primeira instância, validou o golo obtido por Ratkov, mas o VAR corrigiu de imediato, pois na construção da jogada, quando Gadou passou a bola para Baidoo, este estava adiantado em relação ao penúltimo adversário. Boa intervenção do videoárbitro.

80’ Jacob Rasmussen entrou em salto e em tesoura com ambas as pernas à perna esquerda de Deniz Gul. Uma infração dura, negligente, que por também ter sido cometida próximo da área acabou por cortar um ataque prometedor. Cartão amarelo bem mostrado.

81’ Na sequência da jogada anterior, na qual o árbitro assinalou falta sobre Deniz Gul e até mostrou amarelo ao infrator, o avançado turco dos azuis e brancos, ainda antes do árbitro o ter feito, de forma evidente pediu ao árbitro com gesto do seu braço e mão direita, cartão amarelo para o adversário. Ora, este comportamento é incorreto e antidesportivo e está contemplado na lei como sendo passível de ação disciplinar, no caso para quem pede cartão.

83’ Maurits Kjaergaard, com a perna esquerda toda esticada, acertou com a sola e com os pitons em cheio na canela e no pé direito de Pablo Rosario. Cartão amarelo bem mostrado.

86’ Yorbe Vertessen, de braço direito e de forma deliberada, acertou com o cotovelo na cara de Martim Fernandes. Com a única repetição do lance, fica a ideia de ter sido uma boa decisão de apenas ter sido mostrado cartão amarelo por abordagem negligente. Ficam, contudo, algumas dúvidas, se não seria mais do que isso, pois o jogador do Salzburgo olhou para o jogador dos dragões e foi com intenção que fez todo o movimento com o braço na direção do rosto do portista. Com melhores repetições e ângulos, poderíamos estar perante ação de conduta violenta.

90’ Três minutos de compensação foi mesmo muito pouco. Houve cinco paragens para substituições, três cartões amarelos, duas idas ao banco do Salzburgo, uma para cartão amarelo, outra para um vermelho, ambos a elementos oficiais, e ainda mais três amarelos a jogadores de campo. No mínimo tínhamos de ter seis minutos de tempo extra.

90+4’ O cartão amarelo exibido a William Gomes é da lei e dos livros, pois sempre que um jogador tira a camisola para comemorar um golo que acabou de marcar, tem de ser, após vestir a camisola, advertido.