Os matadores do futuro do FC Porto: quem são, as cláusulas e... as seleções atentas

O que têm em comum as equipas de juniores, juvenis e iniciados do FC Porto? Além de, nesta altura, estarem isoladas na liderança dos respetivos campeonatos, as três estão munidas de avançados que vão construindo, na época em curso, uma relação com o golo... fora do normal.

Eduardo Ferreira (13 em 12 jogos) nos juniores, Tcherno Jamanca (13 tentos em nove partidas) nos juvenis, e Tiago Portugal (10 festejos em nove desafios) nos iniciados faturam a um ritmo superior a um golo por jogo, um sinal claro de que a fábrica de talentos do Olival está a forjar os matadores do futuro azul e branco. Mas quem são os jovens craques que aspiram a seguir os passos de nomes como Fernando Gomes, Domingos Paciência ou, mais recentemente, André Silva? A BOLA conta-lhe tudo e podemos começar por aquele que, atendendo à lógica da idade, está mais perto de chegar ao patamar sénior.

Nascido em maio de 2008, Eduardo Ferreira começou a dar nas vistas no Belenenses e rapidamente chamou a atenção da rede de scouting portista. Rumou à Invicta em 2023, integrando o plantel de sub-16, mas até podia ter dado o salto antes. Contudo, sabe A BOLA, a família optou por deixar Dudu, como também é conhecido, amadurecer mais um pouco antes de uma mudança tão radical também a nível pessoal. Avançado móvel, habituado a atuar em dupla, elevou a fasquia na transição para os sub-19, depois de, em 2024/25, ter marcado 12 golos em 34 partidas nos sub-17, registo que já superou na presente campanha.

Internacional sub-18, esteve na pré-convocatória para o Mundial sub-17, mas acabou riscado da lista final. O FC Porto, por sua vez, já tomou providências. Como o nosso jornal adiantou, há entendimento com Eduardo Ferreira para a assinatura de um contrato profissional, que deixará o atacante blindado por uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros.

Numa manobra semelhante ao que levou Dudu para o Olival, Tcherno Jamanca, goleador-mor dos juvenis dos dragões, também foi descoberto na capital, mais especificamente na formação do Real SC. Com praticamente 1,80 metros de altura, rubricou vínculo profissional há pouco mais de um mês, com apenas 16 anos, e ficou com uma cláusula de rescisão de €10 milhões. Com dois hat-trick e três bis em nove encontros na Série Norte do campeonato nacional de sub-17, Tcherno captou, já no ano passado, a atenção da Federação Portuguesa de Futebol, que não quer deixar o diamante em bruto escapar.

Nesse sentido, A BOLA apurou que Jamanca, proveniente da Guiné-Bissau, iniciou o processo de naturalização e estará disponível para representar as seleções jovens de Portugal a curto prazo, mesmo já tendo sido chamado aos sub-17 dos djurtus.

A título de curiosidade, há mais um Jamanca a despontar no FC Porto: o irmão de Tcherno, António (apenas 12 anos), que também integra os quadros das escolas azuis e brancas.

Um escalão abaixo de Tcherno Jamanca, nos sub-15, mora Tiago Portugal. Aos 14 anos, o avançado já foi chamado às seleções nacionais e, sabe o nosso jornal, é visto no FC Porto, ao qual está ligado desde os sete anos, como um dos talentos mais promissores do Olival. Dono de capacidades técnicas assinaláveis, Tiago tinha deixado um belo cartão de visita na temporada transata, com 31 remates certeiros em 29 partidas na II Divisão de iniciados. Em 2025/26, está a confirmar esses créditos.

De resto, e voltando ao patamar mais alto da formação, importa não esquecer outros nomes promissores do ataque dos sub-19: Léo Fajardo e Anha Candé. O primeiro cumpre o segundo ano nos juniores e, depois de 20 golos em 31 jogos no primeiro, leva cinco tentos em seis partidas na presente campanha. O segundo, ponta de lança mais puro, até já experimentou a equipa B: em 2024/25, marcou quatro vezes em 1309' na Liga 2. O Dragão pode descansar em relação aos golos... do futuro.

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