Diana Gomes bastante solicitada pelas companheiras no momento do golo que a defesa-central acabara de apontar
Diana Gomes bastante solicitada pelas companheiras no momento do golo que a defesa-central acabara de apontar

O que é a alma lusitana? As meninas respondem (as notas das jogadoras de Portugal)

Imunes a toda e qualquer adversidade, Navegadoras deram resposta à altura. Não deu para vencer, mas deu para provar que o fado nem sempre é... triste
Melhor em campo: Diana Gomes (7)
Imperial na sua área de jurisdição — fazendo uma dupla altamente competente com a não menos categórica Carole Costa —, a defesa-central não se cingiu às tarefas à retaguarda e, sempre que podia, lá estava ela na grande área contrária para tentar a sua sorte. E como quem porfia sempre alcança, a camisola 19 acabou mesmo por ser feliz e... encher de alegria um coletivo e uma Nação que torcia pelo sucesso luso: ao minuto 89, foi inteligente na forma como se posicionou para corresponder ao cruzamento de Dolores Silva e, de primeira, de pé direito, atirou a contar. E o sonho comanda (mesmo) a vida...

Patrícia Morais (7) - Só a importância do golo de Diana Gomes (que mantém Portugal com esperanças de apuramento) retirou o destaque maior à guarda-redes lusa. Porque foi gigante entre os postes e realizou defesas incríveis.

Ana Borges (5) - Competente a defender, mas sem a ousadia habitual a atacar. Talvez devido ao facto de, com bola, Portugal ter atuado com uma linha de quatro atrás. Acabou por ver o segundo amarelo (forçado) já nos descontos e falhará o jogo com a Bélgica.

Carole Costa (6) - A segurança habitual no eixo da retaguarda, com um posicionamento digno de uma líder.

Joana Marchão (6) - Lançada no onze, depois de ter falhado o duelo ibérico, teve ações de relevo pelo corredor esquerdo, dando amplitude ao ataque nacional, sobretudo na segunda parte. Saiu devido a lesão.

Andreia Norton (6) - Ainda que no papel tivesse desempenhado as funções de interior direita, foi muitas vezes vista na zona central, no apoio a Fátima Pinto, para que a equipa não fosse apanhada em contra-pé.

Fátima Pinto (6) - Alinhou no vértice mais recuado do losango e fê-lo com a mestria que lhe é habitual. Sabe bem os terrenos que pisa e é forte nos duelos individuais. Inteligente também na forma quando recuou uns metros para formar uma linha de três na defensiva.

Tatiana Pinto (6) - Tal como Andreia Norton, do outro lado, também ela teve a maturidade tática para pisar terrenos mais centrais sempre que os equilíbrios coletivos assim o exigiam.

Kika Nazareth (6) - Ora então, muito bem aparecida seja, senhora dona Francisca! Quase quatro meses depois do último jogo realizado - na altura ainda pelo Barcelona -, a criativa nacional voltou a fazer o que mais gosta e deu mostras de estar completamente recuperada da grave lesão que a deixou de fora dos relvados durante tanto tempo. Lançada no 11 por Francisco Neto, a média-ofensiva procurou sempre os espaços tomar as melhores decisões.

Ana Capeta (5) - Esforçada, mas pouco esclarecida. Teve, ainda assim, o condão de dar tudo em cada lance, ganhando uns e perdendo outros.

Diana Silva (6) - Foi até não dar mais! Correu quilómetros, pela direita, pela esquerda, pelo meio, e se falarmos em abnegação, temos, obrigatoriamente, de falar (também) em Diana Silva. Porque a avançada nacional foi um mouro de trabalho durante o tempo em que esteve em campo e só não colocou as Navegadoras a festejarem mais cedo porque... o VAR não deixou. Aos 80 minutos, rematou, primeiro, ao poste, e, na recarga, não perdoou. Estava, porém, em fora de jogo e o lance foi (bem) invalidado.

Catarina Amado (6) - Entrou de forma repentina, para o lugar da lesionada Joana Marchão, mas respondeu bem e (também) deu gás à ala esquerda.

Jéssica Silva (6) - Faltou-lhe um bocadinho assim para ficar na cara do golo, assim que entrou, mas ajudou.

Andreia Jacinto (5) - Deu músculo ao setor intermédio.

Dolores Silva (6) - Entrou aos 84' e pouco depois ofereceu o 1-1.

Telma Encarnação (5) - Foi útil no assalto final à baliza italiana.

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