Selecionador Nacional aplaudiu exibição da equipa frente à formação transalpina e diz estar crente na qualificação
Selecionador Nacional aplaudiu exibição da equipa frente à formação transalpina e diz estar crente na qualificação

Francisco Neto: «Foi um jogo à Diogo Jota. Esta exibição é para ele e para a família»

No rescaldo do empate diante da congénere transalpina, selecionador nacional lembrou o malogrado jogador. O orgulho pela prestação das Navegadoras e a esperança do apuramento bem viva

Está satisfeito com a exibição de Portugal?

- Sim, independentemente do resultado, estou muito orgulho daquilo que elas fizeram. Voltámos a ser aquilo que queremos, voltámos a ser Portugal. Conseguimos ter bola, pressionar alto, ganhar bola no meio-campo adversário, criámos oportunidades de golo… Soubemos sofrer quando tivemos de sofrer, sempre com uma mentalidade e uma vontade de ganhar incríveis. Sofremos um golo de uma equipa que vem de uma série de resultados positivos e tivemos sempre o crer e o acreditar. Marcámos, o lance foi invalidado pelo VAR, e voltámos outra vez. Isso só é possível para quem tem muita crença. Sem dúvida nenhuma que os portugueses também nos apoiaram. Se pudesse caraterizar este jogo, diria que foi um jogo à Diogo Jota, sempre a acreditar e sempre ligados. Esta exibição é para ele e para a família dele.

Fez uma alteração tática para um sistema em que as jogadoras parecem mais confortáveis.

- Sabemos onde elas se sentem muito confortáveis, sim. Mas em Wembley também o fizemos e não nos correu bem. Não é só por aí, mas também é por aí. É algo que temos vindo a trabalhar há oito anos. Optámos por voltar às raízes e felizmente que acertámos na decisão. Estas jogadoras têm esta capacidade, querem muito, acreditam muito, e hoje, a haver um vencedor, só podia ter sido Portugal.

Talvez tenha faltado melhor definição na hora da finalização. Porque é que não lançou Telma Encarnação mais cedo?

- O jogo estava muito partido. A Telma dá-nos muita coisa na área, retira-nos no processo defensivo, tem de crescer nesse aspeto, ela sabe disso. É uma jogadora muito importante e dá-nos coisas que outras não dão, mas também sabemos quais são os momentos. As nossas avançadas estavam a fazer aquilo que nós queríamos, faltava-nos um pouco de diagonais. Estávamos a chegar à entrada da área e as avançadas estavam a ficar paradas em vez de procurarem aquilo que as espanholas nos fizeram muitas vezes, por exemplo. Agora é rever o jogo, recuperar, mas com um Portugal muito disponível para o que aí vem e a acreditar que é possível.

A Bélgica já não tem possibilidades de apuramento. Como analisa essa situação?

- Sim, será uma equipa já descontraída, não sabemos se vai dar oportunidade a outras jogadoras ou não. Teremos de perceber isso. Precisamos que a Espanha faça o que achamos que vai fazer, até porque também quer ser primeira do grupo e que não gosta de perder. Nós temos de fazer o nosso [trabalho], que é ganhar, primeiro, e depois fazer golos.

O que nos pode dizer sobre a Joana Marchão e também sobre a ausência da Ana Borges para o próximo jogo?

- A Joana estava há muito tempo sem jogar. A presença de um pé esquerdo dá-nos muita coisa na saída de bola e fez um jogo muito importante. A Ana é uma das nossas capitãs. Sinceramente, acho que o segundo amarelo é injusto, foi um encosto de ombro natural num jogo. Claro que é uma perda grande, mas iremos fazer tudo para a Ana continuar a jogar neste Europeu.

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