«Não sinto nenhuma diferença em relação ao que era antes do acidente»
Dois anos e meio depois do seu grave acidente de cavalo, que o levou a estar durante 26 dias em coma, Sergio Rico garante estar totalmente recuperado e a viver naturalmente o dia a dia no Qatar, ao serviço do Al Gharafa, de Pedro Martins.
«Estou em plena forma. Desde que recebi autorização dos médicos, não sinto nenhuma diferença em relação ao que era antes do acidente. Recuperei todas as minhas capacidades, tanto no desporto como na vida quotidiana. Graças a Deus, tudo isso não passa de uma anedota, uma história para contar e que, no final, teve um final feliz», começou por dizer o guarda-redes, em entrevista ao Le Parisien.
O espanhol afirmou que nunca sentiu que ia morrer e que só ao ver a reação das pessoas é que se apercebeu da gravidade do seu acidente. O guarda-redes de 32 anos revelou ainda que não precisa de proteção na cabeça, como Petr Cech precisava na altura. «Tomo apenas um comprimido de aspirina infantil por dia, para fluidificar um pouco o sangue. Não preciso de nenhuma proteção especial», garantiu.
«Foi uma experiência incrível conviver com jogadores tão importantes, que também são pessoas muito boas. Eu era e ainda sou muito amigo do Keylor [Navas]. O Marco Verratti é uma pessoa incrível, com um grande coração. Também mantenho contacto com o Kylian [Mbappé], o Hakimi, o Kimpembe e muitos argentinos. Esse grupo era espetacular, dentro e fora do campo», explicou, falando também de Neymar.
«Para mim, o Ney foi outra excelente surpresa. É um rapaz fantástico, com um verdadeiro espírito de família. Sempre que organizava alguma coisa, era com toda a família. Se tivesse amigos em casa, eles também eram bem-vindos, mesmo que não o conhecessem. Ele fazia com que todos se sentissem em casa. É o tipo de coisa que guardo na memória, porque eu próprio sou assim e adoro essa forma de ver as coisas», finalizou.