João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica — Foto Miguel Nunes
João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica — Foto Miguel Nunes

«Não é o dinheiro que me move no Benfica!»

João Noronha Lopes esclareceu dúvidas sobre a carreira de gestor lançadas em reportagem da CNN e também sobre o ordenado a receber nas águias

Uma reportagem da CNN relatou dívidas de milhões de euros em empresas das quais João Noronha Lopes é sócio e o candidato a presidente do Benfica, nas eleições de 25 de outubro, foi ao Jornal da Noite do canal esclarecer o tema, sublinhando que não admite que a carreira dele seja colocada em causa.

Questionado sobre de onde vem o dinheiro que lhe financia a campanha para as eleições dos encarnados, o candidato afirmou: «A minha campanha está a ser financiada por mim, enquanto pessoa individual, nunca disse que estava a ser financiada por uma empresa. Sou muito bem pago pelas empresas para a qual trabalho, que resulta de 25 anos de trabalho nas mais altas em empresas de todo o Mundo.»

«A minha riqueza é património imobiliário, ações, não tem necessariamentede ser em ligações com empresas. Tenho 25 anos a acumular riqueza e é isso que me permite dedicar-me agora a tempo inteiro ao Benfica», sublinha.

Tenho 25 anos a acumular riqueza e é isso que me permite dedicar-me agora a tempo inteiro ao Benfica

Sobre o facto de ser remunerado se vencer as eleições, contrariando prática de Direções anteriores, Noronha Lopes fala em transparência — «Concorri às eleições de 2020, onde não havia possibilidade de ser remunerado, não é o dinheiro que me move no Benfica. Trabalhei com a Direção de Manuel Vilarinho e não recebi um tostão. O que foi aprovado em Assembleia Geral é que os sócios decidiram pela transparência, e a transparência é que haja um salário e que ele seja conhecido por toda a gente. E quem determina esse salário é uma Comissão de Remuneração eleita pelos sócios, e esse salário é determinado por questões de equidade e bom-senso. Não misturemos as coisas: não é o salário que me move, não era em 2020 e não é agora.»

Não é o salário que me move, não era em 2020 e não é agora.

Sobre as suas empresas, o gestor também foi firme: «Garanto aos benfiquistas que darei sempre a cara, não me escondo atrás de comunicados, Já geri empresas de todo o Mundo, há empresas consolidades e startups. Esta é uma startup, que tem ciclo de investimento diferente, mais significativo. Os três sócios dessa empresa fizeram grande investimento e o ciclo de retorno é diferente, mais demorado.»

Garanto aos benfiquistas que darei sempre a cara, não me escondo atrás de comunicados.

«Esta empresa, a dívida que tem é principalmente aos sócios, a mim e aos meus dois co-sócios. Há capacidade para continuar a investir nesta empresa. A decisão que tomámos foi ir afinando a empresa e só vender a empresa depois.»